Uma vacina terapêutica contra a aids à base de células dendríticas, criada no Hospital Clínico de Barcelona, conseguiu reduzir a um terço a carga viral dos infectados com o HIV que participaram do teste. Segundo o estudo do Instituto de Pesquisas Biomédicas August Pi i Sunyer (Idibaps), apresentado ontem por Josep Maria Gatell, responsável pela equipe de doenças Infecciosas e coordenador do trabalho,esse tipo de vacina é viável, segura e bem tolerada. Gatell anunciou ainda outra pesquisa com mais pacientes para tentar melhorar os já animadores resultados. Com as vacinas terapêuticas o doente não precisaria se medicar durante toda a vida com coquetéis de anti-retrovirais para evitar a proliferação do vírus. Gatell explicou que atualmente as pessoas infectadas que se medicam conseguem que a carga viral caia a ponto de ser indetectável. Mas quando deixam de tomar o coquetel, o vírus volta e é necessário retomar o tratamento, situação que querem evitar com a nova vacina, criada por Teresa Gallart, da equipe de pesquisa. A vacina terapêutica é produzida a partir de células dendríticas do doente, carregadas com um antígeno, que é o vírus do próprio paciente inativo. Ela é injetada junto à axila, para que migre em seguida aos gânglios linfáticos e ali sejam ativadas as células T e desenvolvam a resposta contra o vírus. EFE