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26/12/2023
Esquecidos, o céu, o sol e a lua 

Quando filmam muita gente numa praça
Elas se movimentam de um lado para outro
Todas as pessoas sendo estranhas para outras
Vendo-as do alto parecem baratas tontas (risos)
Cada pessoa indo atrás de seu compromisso
Outras sem compromisso também perambulam
Muitas estão na importância do que vão fazer
Na importância que sentem por si mesmas
Que a individualidade delas assim se julga
Parece que elas não mais olham para o céu
As responsabilidades que tanto pensam ser
E as preocupações do viver as impedem
O céu o sol e a lua não são mais importantes
Que a rua por onde passam para irem
Para os seus trabalhos do viver diário
Isso é que se chama a luta pela sobrevivência
Diferente de quem antigamente
Ficava admirando o céu estrelado
Quando havia aquela saudosa boemia
Que só existia à noite e não de dia
Hoje que tudo ficou materializado
Parece que acabou o tempo romantizado
Ninguém mais fala que a lua é dos namorados
Hoje quem vai para a praça fica desconfiado
Que se for lá para namorar será assaltado
Agora quando se vê muita gente numa praça
É bom fugir porque pode ser uma arruaça
Também por isso que a vida ficou tão sem graça
Em toda praça sempre existia um bom hotel
Agora os casais de enamorados preferiam o motel
Assim caminha a vida com tantas transformações
Não há mais interesse de ver o céu o sol e a lua
Eles não mudam e ficam sempre os mesmos
E nós que pensamos que mudamos
Acompanhando o desenrolar do tempo
Continuamos tendo os mesmos contratempos
Num viver sequente de voltar ao passado
Porque neste estado presente está o desagrado

Altino Olímpio