Como pensarmos por nós mesmos sem termos influências?
Eu antes de nascer era o não existir e logo depois que nasci continuei sendo o “não existir do saber” donde estava até que meus olhos começassem a ver e meus ouvidos começassem a ouvir para ambos serem o início da minha percepção pueril deste mundo ao meu redor sem ter consciência para me reconhecer como sendo um ser existente que apareceu por aqui neste planeta. Lentamente o enxergar, o escutar e o contínuo conviver com outros seres foram formando minha consciência que foi se expandindo até a fase de adulto para me reconhecer como sou agora, neste agora que me existe ausente do antes e do depois (passado e futuro) que lhes são inexistentes.
Não sendo genérica a curiosidade do querer saber, a consciência expandida de adulto atrai as reflexões para um esclarecer do que nunca foi esclarecido realmente. Agora (2023) com cerca de oito bilhões de pessoas que existem neste mundo existe mesmo um propósito para cada uma delas? Alguém sabe qual seria esse propósito? Tal propósito continuaria a existir depois de suas mortes? Isso não seria acreditar numa existência “humana” invisível como são o ar, o tempo e o espaço que nos existem mesmo sendo invisíveis?
Qualquer pessoa que nasce já encontra um mundo repleto de ideias, de teorias, de afirmações, de suposições, de verdades sobre a vida e sobre o depois dela. “Por si mesmo” é difícil qualquer pessoa criar conceitos novos ou parecidos sobre o significado ou propósito dela (da vida) como os que já foram “explicados” no passado por outros e que até se tornaram de domínio ou conhecimento público. Entretanto, tudo como conceitos que foi copiado dos outros do passado são aceitos como se fossem indubitáveis por todos aqueles que não se utilizam de seus raciocínios para contraria-los e refutá-los se necessário for por serem duvidosos para a verdade.
Na fase avançada da idade ela proporciona o averiguar sobre que é útil ou inútil e que faça com que a vida decorra com tranquilidade e livre dos enganos que nos foram “encucados” por termos sido ingênuos em aceita-los. Ou, continuemos com as discrepâncias intelectuais ou mentais com que fomos preenchidos e que embotam a nossa mente. Como “dito” no início, o ver, o escutar e o ler desde que nascemos foram os principais responsáveis por mentalmente termos adquiridos, sem analisar, ensinamentos que não se sustentam na prática da vida.
Altino Olímpio
RAPIDINHAS DO ALTINO
O progresso
Antigamente se escrevia à tinta com uma caneta que tinha num corpo redondo de madeira um encaixe para introduzir uma pena. A pena se comprava na venda (armazém). Se escrevia inserindo a ponta da pena num tinteiro e retirando-a com tinta em sua ponta para escrever com ela sobre um papel ou sobre as páginas de um caderno. Às vezes a escrita ficava borrada porque a pena ficava defeituosa e era preciso trocá-la. Felizmente, apareceu o milagre de um invento que facilitou o escrever a tinta: A caneta esferográfica. Ela já vinha com tinta interna, se deslizava bem pelo papel, e não precisava trocar a pena que não mais existia nela. Durante muito tempo ela fez parte do progresso até que surgisse o computador. Daí o se escrever por ele, assim como é hoje em dia, fez com que, canetas de tinta e papeis de se escrever se tornassem obsoletos e esquecidos. Pergunta-se: Quem se lembra daqueles tempos daquele modo tão “primitivo” de se escrever?