O velho realejo

Antigamente muitas pessoas acreditavam que eram vítimas ou favorecidas pelos seus destino. Acreditavam que todas as coisas que podiam acontecer para as pessoas eram partes de seus destinos, como, talvez, ainda tem gente que acredita nisso. O chamado destino pode ser entendido, como que, tudo o que pode acontecer na vida de alguém não é por acaso e sim que tudo já é ou já está premeditado. Disso resultaram muitas superstições sobre o futuro de cada um. 

Muitas pessoas quiseram saber de suas sortes na vida, de seus futuros, e por isso foram a procura dos adivinhos, como eram ou ainda são as cartomantes, que “destrincham” as vidas e parte do destino das pessoas lendo cartas do baralho, cartas do tarô e até, para impressionar mais os seus fregueses, elas e outros adivinhos também se utilizavam de uma bola de cristal para suas previsões fantásticas. 

Entretanto, existia um meio mais barato de “tirar a sorte”. Era com os Velhos do Realejo. Eles eram vistos pelas ruas da Cidade de São Paulo, em bares, em restaurantes e em praças. Pra quem se lembra e pra quem destes tempos que nunca soube, o “Velho Realejo” era um velho girando uma manivela de um aparelho (um realejo) que tocava uma música e um pássaro periquito que saia de uma gaiola acoplada ao realejo e com o bico escolhia um cartãozinho entre muitos outros que ficavam numa caixa. Cada cartãozinho ou bilhetes continham uma mensagem referente a sorte de quem a solicitava. 

Era impressionante ver o periquito tão bem adestrado obedecer ao comando do velho para que ele retirasse da caixa a sorte de alguém. Ele só retirava um cartãozinho com o bico e o deixava.  encima dos outros que estavam acumulados na caixa. 

https://www.youtube.com/watch?v=ej_Cx4cZS6g

Altino Olímpio