Ao acordar e ao abrir dos olhos a mente já está pronta para recomeçar a ocupar a cabeça com pensamentos aleatórios, aqueles que surgem quando querem e como querem. Mas o pensamento predominante é ir para a cozinha para tomar café. Lá os gatos já estão me esperando. Calma lhes digo: Vocês como sempre serão tratados primeiro (risos) para depois, enquanto eu ao tomar café me distrairei com os devaneios, que, numa distração do meu estado presente consciente, mentalmente me levam para outro lugar qualquer que seja sobre algum fato já vivido por mim e que agora só existe na minha memória. Muitas lembranças que sempre nos surgem sem nós querermos, elas se abrigam em nossos pensamentos e nos afastam do estado presente e da realidade dos momentos conscientes ou dos agoras em que estamos vivendo.

Na cozinha, olhando através do vitrô parcialmente aberto fiquei distraído vendo pingos de chuva caindo do telhado e da água que escorria pelo cano que serve para o esgotar dela da laje estreita que cobre o corredor externo da casa. O ruído da água caindo ao encontro do chão fazia um ruído típico e agradável. Fiquei por uns momentos mais apreciando tal cena particular da natureza pensando que nestes tempos ninguém iria se preocupar ou se importar em apreciar tal cena tão comum.pessoas são levadas a ouvirem as “especulações” de outras sobre como é melhor viver a vida. O basta vivê-la com o que ela tem para nos proporcionar bastaria para impedir que preenchêssemos nossas cabeças com conceitos que não se sustentam como sendo reais. Conceitos irreais são todos aqueles difundidos por todo o mundo cuja “objetividade” deles nossa consciência não possa apreender ou abarcar “substancialmente”. Eles, então, estando, ainda no plano da suposição ou hipótese e distantes da comprovações, eles são apenas abstrações sejam quais forem suas credibilidades populares. Ficar vendo as gotas de água de chuva que pingam do telhado, isso pode provocar reflexões sobre qualquer tema que queiramos elucidar (risos).

Altino Olímpio