Neste mundo do de sempre tudo passa ficam as “sequelas” prazerosas e saudosas de tudo o que foi bom. O que o tempo já esteve a apagar isso não há remédio que possa recuperar. Mas, o pensamento que voa pelas asas da memória, do nada deste agora ele retorna para as muitas lembranças de outrora. O tempo que é o causador do tudo passa, ele é indiferente aos sentimentos humanos derivados das vivências alegres ou tristes que sempre se sucedem na vida de quem quer que seja.
Muitos retém em suas memórias muito do que se passou com eles em suas vidas e muito do que se lembram pode lhes trazer tristezas, decepções e arrependimentos. Para eles o tudo passa mais é o muito do que fica nas suas recordações. Sabe-se que durante a vida, todas as pessoas são preenchidas com acontecimentos bons que não voltam mais. O tudo que se passou na vida teve muito a ver com o que se assimilou das experiências vividas e isso pode evitar repetir os mesmos enganos que no passado causaram decepções e desilusões.
Na velhice parece que não há nada para deixar no dizer que “tudo na vida passa”, pois, parece que o que se passa na velhice não passa de insignificâncias de uma rotina do viver sem surpresas. Muitos idosos seguem aquela rotina do viver apenas por viver. As ambições, as ilusões, os desejos, as vaidades e etc. foram embora só lhes restando o ainda “ter que viver até morrer” (risos). Agora me veio na mente aquela música cantada pelo saudoso grande anão Nelson Ned: “E tudo passa tudo passará. E nada fica nada ficará”. É, neste mundo e nesta vida tudo passa. De tudo que foi escrito aqui sobre o tudo passa na vida, bom é que sempre se tem os passatempos, mesmo que, entre os contratempos que existem na vida.
Altino Olimpio