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09/03/2019
O Psiquiatra esquartejador

Estive me lembrando de quando fui com o meu amigo e colega de trabalho até a Vila Mariana, onde, ele tinha consultas com um psiquiatra. Lá no nosso ambiente de trabalho todos sabiam o quanto o Aldo brigava com a esposa. “Viviam em pé de guerra” (risos). Entretanto ele era um bom marido, trabalhador, tinha um bom salário, também, devido há tantas horas extras que perfazia durante o mês. Era comum ele comparecer ao trabalho das seis até as vinte e duas horas. Às vezes às dezesseis horas ele saia do prédio para ir a um bar tomar café, mas, só retornava depois de ter jogado snooker com o Isidoro ou mesmo comigo, mas, isso já é outro assunto.

A esposa do Aldo e também a do Isidoro não acreditavam que eles trabalham tanto e retornando tarde para as suas casas. Elas pensavam que eles tinham amantes, mas, tudo ficava por conta da imaginação delas. Eu testemunhei todas as atividades extras deles e sabia que eles não tinham amantes. Ah não, havia uma sim para os dois e que se chamava loteria. Eles tinham tanta esperança de ganhar na loto para poderem sair daquela enrascada de trabalhar tanto, para então, “mudarem de vida” e assim prover conforto para suas famílias. O que, nunca ocorreu.

Mas, voltando ao psiquiatra, certa vez fui com o Aldo para uma de suas consultas, porque o psiquiatra queria algum testemunho ou opinião sobre o modo de ser, de como era o Aldo. Tarefa fácil, porque, relatei minha opinião sobre ele de acordo com o que eu sabia dele e tudo mais foi de positivo. Aquele psiquiatra parecia querer mesmo solucionar o problema conjugal pelo qual estava passando o Aldo e sua esposa. Até levou o casal para um culto religioso numa Igreja Batista evangélica.

Numa das consultas o Aldo se decepcionou com aquele médico. Este precisou terminar mais cedo à consulta porque precisou ir ao aeroporto buscar a sua noiva que havia viajado com o ex-noivo dela. Isso abalou a a consciência do Aldo. “Mas como? Ir buscar a mulher que viajou com outro homem?” (risos). Sei que ele desistiu de obter solução de seus problemas com aquele médico. Muito tempo se passou e as brigas do casal continuaram, mas, agora aquele remédio de nome “velhice” curou aquelas tantas desavenças conjugais. Hoje, o casal continua junto passeando por ai e tendo alegria de conviver com os seus netos. Em março de 2019 o Aldo completa oitenta anos de idade e talvez o apaziguamento em seu lar tenha vindo sozinho.

Quanto àquele “saudoso” médico psiquiatra que ficou famoso, o Dr. Farah Jorge Farah, quem se lembra dele e queira melhor se informar sobre ele, é só escrever na busca do Google o nome “Farah Jorge Farah” para ficar ciente também que fim levou aquela mulher que ele assassinou. E como dizia o Aldo, o médico parecia ser uma moça por ser tão delicado (risos).

Altino Olimpio