Versão para impressão

25/02/2019
Somos prisioneiros do tempo

Todos nós tivemos e ainda temos momentos no tempo, esse ir de uma situação para outra, esse ir do nascer até ao morrer, esse ir de um século a outro, esse tempo que é a passagem dos milênios, das eras e das épocas. Igual energia elétrica que passa pelos fios e que ninguém a vê, o passar do tempo também ninguém vê. Só se percebe a existência da energia elétrica assim que ela faz acender lâmpadas, liga (movimenta) motores e múltiplos aparelhos eletrônicos criados pela ciência para facilitar as nossas vidas executando trabalhos para nós. Não percebemos o tempo, mas, sabemos que ele existe quando vemos que o que já foi novo envelheceu e pelo deteriorar da matéria... Pelo decorrer do tempo.

do homem, mais é nele que se percebe a passagem do tempo. Se ele foi belo enquanto jovem, o mesmo não se pode dizer de quando for velho e nem é bom lembrar-se disso aqui (risos). Foi ele quem dividiu o tempo em passado, presente e futuro. Pelo que já existiu, pelo que está sendo atual e pelo devir, que é o que ainda está para acontecer. É uma contagem humana e terrena. Não é a mesma para o universo quando qualquer planeta tenha distância e traslado ao sol, diferentes do “nosso planeta”. Num planeta em que não haja vida humana não há passado, não há presente e nem futuro para se contabilizar, então, lá o tempo não existe.

Por aqui na terra é o tempo quem determina quanto tempo à vida tem para existir, ou, não é ela quem determina o tempo que temos para viver (risos). E nós, prisioneiros do tempo sofremos as conseqüências da degeneração que ele nos prepara levando-nos até a morte. E nessa nossa vida temos tantos contratempos... Quanto mais tempo temos de existência mais ficam estragadas as nossas aparências e ficam restritas as nossas competências. Entretanto, como já nos ensinaram na infância, ainda teremos o privilégio de existirmos na eternidade depois que formos daqui deixando este planeta em que o tempo, por todos os tempos, tanto se encarregou de propagar superstições sobre o nosso destino.

Altino Olympio