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16/02/2018
A vida é engraçada quando não é trágica

A vida do dia a dia a passar é uma sequência ininterrupta para o porvir. Não é apenas para o processo de mudanças pela qual passa todo ser humano na vida. Os segundos, os minutos, as horas e os dias que “cronometram” a passagem do tempo da vida do dia a dia, simplesmente são para o levar de qualquer um até o dia de sua morte (risos). Percebem-se mais a “contagem” do tempo, não tanto pelos anos de vida, mas, pelas marcas contundentes com que ele desfigura as pessoas.

 

O triste da vida é que a gente chega até perto do fim dela sem saber quase nada do que se refere a ela. Tomara que não me aconteça o que acontece com muitos que sabem de tantas coisas e na velhice se esquecem de tudo. Às vezes uma pergunta me passa pela cabeça: Como é a realidade sobre qualquer fato que nos ocorre na existência? A realidade não é generalizada. Cada um a compreende como pode (ou melhor, como a imagina) conforme seu desenvolvimento mental. Então, “deve existir uma realidade para cada gosto” (risos), ou, para cada nível de consciência.

 

Quanto a isso, a lenda da Torre de Babel de quando Deus confundiu as línguas dos homens que a estavam construindo tornando-os desentendidos entre os demais, tal lenda vem bem a calhar agora para nos fazer entender a incompreensão entre os homens desta época. Temos o que é pior, a torre do desentendimento entre os políticos. No congresso e no senado brasileiro é patente a falta de entendimento entre seus membros eleitos pelo povo que no mais das vezes os elege sem entendimento (risos). Até lá no Supremo Tribunal Federal existe outra torre do desentendimento que... Ah, estive pensando sobre a realidade de cada um. Será que todos aqueles profissionais lá de Brasília que em seus discursos dizem que lá estão para defender a constituição e a democracia, eles as defenderiam se...

 

Se eles só pudessem se aposentar aos sessenta e cinco anos de idade e só depois de terem contribuído para a previdência por trinta e cinco anos e tendo um salário bem menor sendo “realmente compatível” com a produtividade deles, eles ainda iriam defender mesmo a democracia e a constituição brasileira? Com a falta de atrativos monetários será que ainda seriam tão numerosos como são os mais de quinhentos que hoje estão em seus mandatos apenas para aparecerem como números? Os dias a dias, que, são as marcações do tempo e que levam todos até aos seus inevitáveis fins, parecem que para muitos deles seus fins não existem, porque, sempre estão por lá se reelegendo em seus mandatos e parece que “eternamente” são sempre os mesmos (risos) como se fossem vitalícios.

 

Altino Olympio