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04/01/2018
DST - Doenças sexualmente transmissíveis

Neste verão previna-se use camisinha

Doenças Sexualmente Transmissíveis, toda enfermidade que pode ser transmitida durante o ato sexual. Causada por vírus, bactérias, protozoários ou fungos, elas passam de um hospedeiro a outro durante o contato íntimo. O uso de preservativo no ato sexual penetrativo atua como prevenção da maioria delas, mas em alguns casos o contágio pode ser dar pelo sexo oral sem proteção, contato corporal ou ainda pelo beijo ou troca de secreções. É preciso ficar atento aos sinais e conhecer cada doença. A maioria delas aumenta ainda a possibilidade de infecção para o HIV.

A baixa imunidade causada por bebidas e drogas, fatores de risco como portas de entrada ou transar com desconhecidos aumentam o risco de pegar uma destas doenças. O sexo anal é um fator que aumenta o risco de contágio pois a hipervascularização da região do ânus e o atrito maior sem lubrificação facilitam as infecções ou contágios. Por isso, use camisinha, gel lubrificante em abundância e evite a exposição a estas doenças. Primeiro, conheça as principais DSTs que listamos abaixo, use o preservativo e evite se colocar em situações de risco. A maioria delas apresenta sintomas claros como feridas, verrugas, corrimentos ou ínguas na virilha. E se você tiver algum destes sintoma, procure um médico especializado para o tratamento correto.

Condiloma acuminado (HPV)

Também conhecido também como verruga genital, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Há mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e no ânus. A infecção pelo HPV é muito comum na população adulta sexualmente ativa. O HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande), base do pênis e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual, que inclui o contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, a infecção pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Para a transmissão, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas, mas quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. É possível se vacinar contra os principais tipos deste vírus. Se não tratado pode tomar conta da região, se alastrando e causando dor.

Hepatites

A hepatite é a inflamação do fígado que pode ser causada por vírus,e há diversos tipos que causam esta doença em todo o mundo. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C, sendo o C o mais agressivo. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Os vírus A e E podem ser transmitidos por alimentos mal preparados e por condições sanitárias precárias. Os Vírus B,C e D tem grande contaminação por via sexual ou compartilhamento de instrumentos perfuro-cortantes. O Tipo C é muito agressivo e leva a morte. Quem tem hepatite permanece com o vírus após o tratamento e precisa controlar a infecção, tal como com o HIV. O SUS oferece testagem para as hepatites bem como todo o tratamento.

Linfogranuloma Venéreo (Clamídia)

É uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os genitais e os gânglios da virilha. A transmissão do linfogranuloma venéreo ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada. Por isso, é preciso usar camisinha sempre e cuidar da higiene íntima após a relação sexual. Os primeiros sintomas aparecem de 7 a 30 dias após a exposição à bactéria. Primeiro, surge uma ferida ou caroço muito pequeno na pele dos locais que estiveram em contato com essa bactéria (pênis, vagina, boca, colo do útero e ânus) que dura, em média, de três a cinco dias. É preciso estar atento às mudanças do corpo, pois essa lesão, além de passageira, não é facilmente identificada. Entre duas a seis semanas após a ferida, surge um inchaço doloroso dos gânglios da virilha. Se esse inchaço não for tratado rápido, pode piorar e formar feridas com saída de secreção purulenta, além de deformidade local. Podem haver, também, sintomas gerais como dor nas articulações, febre e mal estar. A doença é tratável e o paciente se recupera totalmente.

Cancro Mole

Provocado pela bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente nas regiões tropicais. A transmissão ocorre pela relação sexual com uma pessoa infectada. Os primeiros sintomas - dor de cabeça, febre e fraqueza - aparecem de dois a 15 dias após o contágio. Depois, surgem pequenas e dolorosas feridas com pus nos órgãos genitais, que aumentam progressivamente de tamanho e profundidade. A seguir, aparecem outras lesões em volta das primeiras. Após duas semanas do início da doença, pode aparecer um caroço doloroso e avermelhado na virilha (íngua), que pode dificultar os movimentos da perna de andar. Esse caroço pode drenar uma secreção purulenta esverdeada ou misturada com sangue.

Nos homens, as feridas aparecem na cabeça do pênis (glande). Na mulher, ficam na vagina e/ou no ânus. Nem sempre, a ferida é visível, mas provoca dor na relação sexual e ao evacuar.

Giardíase

Doença intestinal gerada pelo protozoário que recebe o nome de Giardia lamblia e pode ocorrer por saneamento básico ruim, através da água ou da comida contaminada com fezes, hábitos de higiene incorretos como colocar a mão suja na boca ou hábitos sexuais como o sexo anal sem proteção ou prática de cunilíngue. Os sintomas são vários, e o tempo de latência varia de 1 a 4 semanas após o contágio. Diarreia aguda com fezes aquosas, fortes dores abdominais, fezes com excesso de gordura, flatulência e náuseas são alguns dos sintomas.

Uretrites

A Uretrite pode ser causada por várias bactérias e se passado às mulheres pode atingir os órgãos sexuais internos da mulher, como útero, trompas e ovários, causando inflamações (DIP). No homem se caracteriza como uma coceira no pênis e uretra, causado pela infecção sem apresentação de secreção purulenta. Entre homens pode haver a transmissão via canal da uretra em contato entre os pênis. Se não tratado no homem, a inflamação pode alcançar o sistema urológico e comprometer órgãos vitais.

HIV

O vírus da imunodeficiência humana, causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a Aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. Não há como identificar o portador do HIV, por isso o uso do preservativo é a única garantia de sexo seguro.

Herpes

O vírus da herpes não tem cura, mas tem tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas que se rompem e se transformam em feridas. Depois que a pessoa teve contato com o vírus, os sintomas podem reaparecer dependendo de fatores como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao sol, traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação. Em homens e mulheres, os sintomas geralmente aparecem na região genital (pênis, ânus, vagina, colo do útero). O herpes genital é transmitido por meio de relação sexual (oral, anal ou vaginal). Por ser muito contagiosa, a primeira orientação dada a quem tem herpes é uma maior atenção aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto das bolhas e feridas com outras pessoas e não furar as bolhas.

Clamídia

Infecção causada por bactéria que pode atingir os órgãos genitais masculinos e femininos. A clamídia é muito comum entre os adolescentes e adultos jovens, podendo causar graves problemas à saúde. Nos homens, normalmente há uma sensação de ardor e esquentamento ao urinar, podendo causar corrimento ou pus, além de dor nos testículos. Difere no sintoma da gonorreia por apresentar uma abundante secreção transparente do pênis.

Gonorreia

A gonorreia pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto (canal anal), a garganta e os olhos. Quando não tratada, assim como a Clamídia, essa doença pode causar infertilidade, dor durante as relações sexuais, entre outros danos à saúde. Émuito comum estar doente e não ter sintoma aparente algum. O principal sintoma além de dor ao urinar, é a secreção de um líquido esbranquiçado, pus.

Tricomoníase

Infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Nas mulheres, ataca o colo do útero, a vagina e a uretra, e nos homens, o pênis. Os sintomas mais comuns são dor durante a relação sexual, ardência e dificuldade para urinar, coceira nos órgãos sexuais, porém a maioria das pessoas infectadas, principalmente os homens, não sente alterações no organismo, em raros casos pode haver secreção branca.

Donovanose

É uma infecção causada pela bactéria Klebsiella granulomatis, que afeta a pele e mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus. Causa úlceras e destrói a pele infectada. É mais frequente no Norte do Brasil e em pessoas com baixo nível socioeconômico e higiênico, onde é conhecida também como cavalo. Os sintomas incluem caroços e feridas vermelhas e sangramento fácil. Após a infecção, surge uma lesão nos órgãos genitais que lentamente se transforma em úlcera ou caroço vermelho. Essa ferida pode atingir grandes áreas, danificar a pele em volta e facilitar a infecção por outras bactérias.

Mononucleose (Doença do Beijo)

Causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB), transmitido pela saliva, com objetos contaminados e por transfusão de sangue. Leva o período de incubação que dura de 30 a 45 dias. Causa Dor de garganta;Fadiga;Inchaço dos gânglios linfáticos; Tosse; Perda de apetite; Inflamação do fígado; Hipertrofia do baço... mas pode ser assintomática. Se parece com uma gripe forte e passa normalmente sem ser identificada.

Infecção pelo Vírus T-linfotrópico humano (HTLV)

A doença é causada pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV), que infecta as células de defesa do organismo, os linfócitos T. O HTLV foi o primeiro retrovírus humano isolado (no início da década de 1980) e é classificado em dois grupos: HTLV-I e HTLV-II.A transmissão desse vírus se dá pelo sexo sem camisinha com uma pessoa infectada, compartilhamento de seringas e agulhas durante o uso de drogas e da mãe infectada para o recém-nascido (também chamado de transmissão vertical), principalmente pelo aleitamento materno. A maioria dos indivíduos infectados pelo HTLV não apresentam sintomas durante toda a vida. Mas um pequeno grupo dos infectados pode desenvolver manifestações clínicas graves, como alguns tipos de câncer, além de problemas musculares (polimiosite), nas articulações (artropatias), nos pulmões (pneumonite linfocítica), na pele (dermatites diversas), na região ocular (uveíte), além da síndrome de Sjögren, doença autoimune que destrói as glandulas que produzem lágrima e saliva. Como o risco do desenvolvimento da doença associado ao HTLV é muito baixo, não há tratamento específico para a infecção. O paciente deve ser acompanhado em serviço de saúde especializado, para diagnosticar e tratar precocemente doenças que podem estar associadas. É possível se testar para o HTLV.

Sífilis

É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidume que podem se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença. Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos. A doença pode ficar sem apresentar sintomas por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte. Quando não há evidencia de sinais e ou sintomas, é necessário fazer um teste laboratorial ou teste rápido.