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21/12/2017
O despertar para as realidades

Um amigo me enviou um vídeo de um rapaz criticando quem seja ateu. Ele expôs considerações que visavam comprovar a existência de fatos em que ele acredita e os ateus, não. Mas, o rapaz, acredito, ainda não tem o amadurecimento intelectual para se aventurar a confrontar “opiniões” contrárias às dele. Quanto às crenças dele, quando não há comprovação real delas, a imaginação, a opinião e a fé que, são suposições, elas é que “comprovam” a veracidade delas. Alguma dúvida nisto? O amigo que me enviou o vídeo em questão o fez para brincar comigo na consideração que eu seja ateu. Outros também me consideram assim e eu mesmo assim me intitulo quando quero desconversar sobre as hipóteses do cotidiano de muita gente. A seguir minha resposta ao amigo que me enviou o vídeo:

Mas esse garoto de barba... É só parole (palavras) e parole cansativo. Tudo o que ele disse tanta gente já disse para defender suas crenças que ainda são apenas crenças. Como não poderia deixar de ser, para expor o seu ponto de vista ele se utiliza da “restrita e limitada consciência humana”. Se ele possuísse (coisa rara) uma consciência superior as dos demais, ai sim eu lhe ouviria com atenção. Sem dúvida, algo que transcende a compreensão humana está por detrás de tudo o que existe no mundo e na existência dos seres humanos. Mas, esse “algo” não precisa ser exatamente um Deus. Pode ser a força, a energia intrínseca ao universo, seja física ou metafísica que, tudo cria e recria. Entretanto, ainda nunca alguém conseguirá averiguar, focar, apontar e dizer: É isso, é essa “coisa” que constrói o nosso mundo e todos os mundos com tudo o que eles contêm. Para essa “coisa” ser Deus como pensam seria preciso que ela “não fosse sistemática nas suas criações”. Na imaginação humana Deus é um ser pensante, consciente. Sendo assim Ele pode interceder na vida de todos os seres quando julgar necessário. Como não intercede ou interfere dizem que é porque o homem tem o livre arbítrio para resolver os seus próprios problemas. E você, amigo, procure meditar sobre o que pode ser ou não ser para melhor preencher o seu tempo (risos).

E, na contra-resposta o amigo escreveu: Ah, meditei bastante e só cheguei à conclusão de que nada se sustenta. Risos... E esse “nada se sustenta” do amigo serve bem ao propósito para quem sempre duvida do que os homens propõem como certo para os outros. Contudo, a humanidade sempre esteve curiosa sobre “quem fez o mundo” e quem à distância o governa. Os egípcios no tempo do Faraó Amenhotep IV consideraram o sol, “Aton”, como sendo o Deus único. Com alguma razão porque o sol é o mantenedor da vida. Aqui no ocidente os ateus sobrevivem bem sem que lhes exista um Deus, mas, jamais sobreviveriam se o sol deixasse de existir. No Hinduísmo Deus é Brahma (não confundi-lo com cerveja) e no budismo primitivo Ele é ignorado, contraditório para os ensinamentos budistas. Isso não é difícil de comprovar.

Sem qualquer demérito, anteriormente neste texto foi chamado de “coisa” aquilo que contribui para a existência de tudo o que existe. Para a “coisa” que está por detrás de tudo não existe escolhas, preferências, proteção, porque ela não tem os atributos humanos como, pensamento, raciocínio, simpatia, empatia, emoções, compreensão, dó, cumplicidade e etc. para atuar em prol das necessidades deles, os humanos. Para ela é indiferente a importância que possa ter uma formiga, um elefante ou um homem. A coisa está apenas para criar sem estar por detrás de realizar o que suas criações possam querer ser ou ter depois de criadas. Isso é problema delas. Por toda a parte só vemos que é isso o que prevalece. Parece mesmo que o homem só vive com a sua própria sorte e para “o que der vier” (risos).

Entre nós como é de praxe, espera-se que pais de família, chefes de tribos de índios ou presidentes de países, diante de suas lideranças sobre os demais, possam e devam satisfazer as necessidades daqueles que estejam submetidos às suas influências e competências. Isso faz parte do consciente coletivo. Talvez seja donde deriva e reforça a suposição de que também possamos ser protegidos pelos fatores de donde originou a nossa criação.

O homem que é material como toda a matéria existente, ele é constituído por átomos cuja estrutura deles é formada por elétrons, prótons e nêutrons. Como divulgou a ciência, eles são feitos no interior das estrelas, ou, (para melhor aproximação) no interior do nosso sol. Nós, ainda segundo a ciência, somos formados com antigos ingredientes provenientes do universo. Trata-se aqui da formação material do homem. Sua contraparte, digamos, “a vida que anima seu corpo”, ninguém ainda cientificamente conseguiu decifrá-la, isolá-la ou compreendê-la, porque, ainda sendo um mistério, a vida somente existe na forma e jamais pode ser encontrada fora dela. Quando ela deixa a forma (o corpo) isso faz com que ela (a forma) morra ou se desintegre. Quem lendo chegou até aqui e que tenha algum discernimento pode perceber que não pode ser ateu quem reconhece as leis universais ou da natureza que regem as forças ou energias que se combinam para criarem existências, sejam elas humanas ou não.

Neste caso, o ser ateu é apenas contra a ladainha de sempre dos desde sempre condicionados, influencionados por idéias ou teorias que só se sustentam para eles. “É prejudicial aceitar fatos quando não há realidade correspondente e nem acreditar em ‘eventos’ que não se relacionam diretamente com a realidade da vida das pessoas que é vivida em seus cotidianos”. É preciso algum cuidado com o que se acredita, porque, quando a fé entra por uma porta a razão sai por outra. No entanto é a razão que consegue discernir se fatos suspeitos de existirem tenham razão de ser.

Que pai cuidadoso e amoroso pelos homens, tendo onisciência, onipresença e onipotência deixaria de intervir quando um perigo qualquer estivesse a ameaçar seus filhos queridos? Nenhum! Entretanto, talvez, esses atributos inscritos na história como sendo pertencentes a Deus, sejam apenas simbólicos e queiram significar a onisciência, a onipresença e a onipotência das forças ou energias que sempre estão presentes no mundo responsáveis que são pela composição dele e de tudo o que o compõe, inclusive os seres vivos. Terminando, todas as considerações contidas neste texto foram devidas àquela provocação de um amigo citada lá no início de quando ele me enviou um vídeo para assistir.

Uma vez alguém perguntou como aprendi a escrever, inclusive, às vezes, até sobre temas considerados polêmicos. É “inegável” que me interessei e aprendi a escrever pelo menos de maneira objetiva e compreensível, devido à seriedade e a constância com que me dediquei por quase quarenta anos aos estudos fornecidos pela Amorc, iniciais da Antiga e Mística Ordem Rosacruz, cuja sede no Brasil se encontra na Cidade de Curitiba, Paraná. Mas, se neste texto intitulado “O despertar das realidades” algum fato narrado venha a se insinuar como pertencente aos fundamentos da Ordem Rosacruz, isso terá sido mera coincidência.

Se quem escreve provoca reflexões em que lê, então, tal objetivo é cumprido.

Altino Olympio

Oswaldo Muhlmann Junior - Ordem Rosacruz - AMORC-GLP

qui 21/12/2017 06:58

Para: altino olimpio ([email protected])

Cordiais saudações, caro Fr. Altino!

O parágrafo que destacamos e que o Frater tão bem expôs sobre a realidade divina, é de fato aquilo que a nossa Ordem preconiza em seus ensinamentos, e que o Frater tão bem colocou.

"Que pai cuidadoso e amoroso pelos homens, tendo onisciência, onipresença e onipotência deixaria de intervir quando um perigo qualquer estivesse a ameaçar seus filhos queridos? Nenhum! Entretanto, talvez, esses atributos inscritos na história como sendo pertencentes a Deus, sejam apenas simbólicos e queiram significar a onisciência, a onipresença e a onipotência das forças ou energias que sempre estão presentes no mundo responsáveis que são pela composição dele e de tudo o que o compõe, inclusive os seres vivos. "

Assim, os rosacruzes referem-se ao Deus de seu coração, ao Deus de sua compreensão, pois considera que todos somos uma centelha Divina, oriunda de uma centelha infinitamente maior, onisciente, onipotente e onipresente, que estabeleceu Leis Cósmicas que regem o vasto esquema Universal com todas as suas manifestações.

É sempre bom refletir e aproveito o ensejo para ao longo do ano em que apreciamos tantas mensagens inteligentes que o Frater nos enviou, para parabenizá-lo, deixando aqui o nosso fraternal abraço, com votos de um Feliz Natal e um Novo Ano com muitas e inspiradoras mensagens e realizações. Paz Profunda!

Oswaldo