Versão para impressão

03/11/2017
Essas crianças grandes...

Sempre nas épocas de Natal e do início do Ano Novo os costumes supersticiosos se repetem. Quase todos ficam alienados ao “clima” desses dois dias comemorativos. E, não economizam palavras para desejarem o bem ao próximo para o ano “que vai nascer”. A época festiva passa e tudo volta a ser como era antes. Todos sabem que nenhum dos desejos desejados a outros vão se realizar (risos). Também, logo na primeira semana do início do ano novo todos os desejos desejados serão esquecidos. O propositalmente se iludir faz parte da tradição. Aqui, citando a cidadezinha de Caieiras donde nasci os garotos eram mais eficientes e objetivos do que os adultos durante tais festejos (risos).

No início do amanhecer do primeiro dia de janeiro eles iam de casa em casa do lugar donde moravam para desejarem “bom princípio do ano novo” para os moradores de tais casas e como retribuição (recompensa) recebiam dinheiro pela “sinceridade” com que desejavam o “bom princípio”. Isso sim é que tinha um resultado imediato real bem oposto aos desejos dos adultos que só ficavam e ainda ficam nas palavras e sem se materializarem.

Em todos os fins de anos temos aquelas pessoas que desejam para si mesmas o próspero ano novo. São aquelas que “caem no conto das simpatias”: Levantar da cama com o pé direito, comer sementes de romã, lentilha, uva, pular por sobre sete ondas na praia e etc. enquanto elas pensam num desejo a ser-lhes realizado. Só não entendo porque tais pessoas não acreditam em Papai Noel que é tão conhecido (risos). Será que a realidade é tão sem graça para que tais pessoas prefiram desfrutar de suas superstições? Que seria do mundo se não existissem essas pessoas tão engraçadas nas épocas de comemorações de ano novo? Que seria do mundo se as crianças grandes não existissem? Ele ficaria sem graça.

 

Altino Olympio