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11/10/2017
A ciência e a inconsistência

Neste mundo existe a ciência e a inconsistência. A ciência sempre está a comprovar o que de fato existe ou não. A inconsistência está no crer em fatos apenas imaginados, mas, nunca comprovados. Como exemplo, física é ciência e metafísica (além da física) é inconsistência, pra quem assim quer entender. Parafraseando filósofos do passado, neste mundo de mutações tudo é um “vir a ser” enquanto muito vai deixando de ser. A maioria das pessoas tem um viver comum, desinteressadas com a evolução mental ou espiritual com que outros acreditam existir e almejam possuir. Muitas das tais pessoas desinteressadas nem imaginam quantas instituições existem para ensinarem seus afiliados a desenvolverem suas capacidades latentes para atuarem num plano além do físico, o metafísico.

Muitos adeptos dessas instituições, algumas chamadas de Escolas de Mistério, Sociedades Secretas, Sociedades Esotéricas e etc. muito tempo dedicaram à prática de enviar pensamentos à distância “sem conseguirem” (risos). Tais escolas tinham (ou ainda têm) várias técnicas para esse intento de nome “telepatia” (comunicação de pensamentos), pertencentes mais à inconsistência do que à ciência. Nesta época do sempre “vir a ser” de tanta tecnologia a ciência aposentou a telepatia, coitada (risos). Nem pra mulher que tanto se amava se conseguia enviar pensamentos (risos). Mas, pra que se concentrar e se esforçar para emitir mensagens pelo pensamento se não se tem certeza que o destinatário as receba?

Agora a comunicação à distância (graças à ciência) não sendo nenhum milagre, é tão prática e tão comum através dos chamados telefones celulares. Qualquer mulher pode enviar mensagem para o seu marido mesmo se ele estiver longe de casa num motel e com outra mulher (risos). A ciência sempre avançando através da tecnologia tem destruído muitas ilusões, incluindo o mito da transmissão voluntária do pensamento. Atualmente o tão constante uso do telefone celular para as comunicações reais à distância fará com que a telepatia até desapareça do vocabulário. Quanto aos antigos discípulos daquelas instituições supracitadas que nunca conseguiram enviar pensamentos através da mente, o que lhes era impossível e eles não sabiam, cientificamente “falando”, eles podem agora enviarem suas mensagens escritas ou audíveis para onde e para quem quiserem “celularmente”. Sempre soberana, a ciência vai desiludindo as ilusões com que a fecundidade imaginativa dos homens “alimenta” a inconsistência.

 

Altino Olympio