Algumas considerações a favor de acabar:
Em primeiro lugar porque com raras exceções o político brasileiro não tem vergonha na cara e usa o dinheiro do contribuinte colocado no banco para financiar empreendimentos que não dizem respeito ao povo brasileiro.
Em segundo lugar porque o País não pode ter duas moedas com poder aquisitivo diferente, uma cotada a preço de mercado e a outra do bndes subsidiada, quem paga a diferença é o contribuinte.
Em terceiro lugar porque os critérios de financiamento utilizados pelo banco sempre estiveram a serviço da política, favorecendo grandes grupos com dinheiro barato, quando o objetivo deveria ser o financiamento dos pequenos negócios, a TJLP foi uma das grandes idéias dos Economistas que o inferno está cheio.
Em quarto lugar um banco de fomento quando direciona a maioria de seus recursos bilionários com juros baratos para grandes capitais, provoca o efeito bumerangue a longo prazo, é gasolina na fogueira da inflação tal a distorção que provoca na taxa de juros real e nos preços relativos da economia.
Imaginem uma grande empresa pagando 60% da taxa de juros real para financiar-se, o preço final de seus produtos terão o subsídio embutido, menores portanto, pura concorrência desleal patrocinada pelo banco, uma espécie de “dumping” oficial a longo prazo e quando a mamata acabar provavelmente a sobrevivência dela no mercado também.
Em quinto lugar e meio silenciosamente os Economistas do Govêrno Federal tentam através da TLP rementar a situação impondo a taxa de mercado ao índice, ou seja, juros reais o que não será uma tarefa fácil diante da realidade politica nacional.
Os candidatos a grandes no mercado precisam aprender uma lição básica: o mercado tem regras próprias, uma delas é a fonte de recursos financeiros, destas, duas não são recomendáveis: sonegação e financiamento a juros subsidiados, para isso existe as bolsas de valores e os grandes bancos e não o bolso do contribuinte.
Algumas considerações para não acabar:
Redirecionar completamente seus objetivos, tornar-se um banco de fomento dos pequenos e médios negócios nos moldes que o Banco do Brasil foi a décadas atrás.
Deixar o grande capital se virar no mercado financeiro, criar mecanismos de proteção absoluta na política de financiamentos evitando desvios de finalidade, como o triste exemplo de transformar um açougue na maior empresa do mundo com dinheiro do contribuinte brasileiro, não pela competência mas pela malandragem.