O Estado Moderno, que nada produz, nasceu para restringir os poderes absolutos e sem limites dos monarcas, imperadores e reis. As Nações constituíram Estados organizados para que os seus cidadãos elegessem representantes da maioria, cumprissem suas vontades e administrassem a Rés Pública, a Coisa Pública, a República à vista de seus interesses.
Essa era a idéia, mas vemos cada vez mais o Estado adquirindo o papel autoritário dos tempos imperiais, tendo os ditos representantes do povo se constituído em uma Classe que na realidade representa cada vez mais a si mesma e aos seus próprios interesses. Para perpetuar isso, escolada por marketeiros e publicitários, constrói belíssimos e sedutores discursos onde oferecem excelentes planos de governo e promessas que nunca são cumpridas – e nem poderiam, visto a mirabolância de suas propostas.
No perde-ganha das eleições, revezam-se os partidos políticos no poder, e, ao eleitor, resta apenas votar contra no futuro.
Nesse jogo de interesses dos detentores do Estado, crescem a incompetência, ineficiência e impunidade, e com elas o custo que a Nação paga para sustentar a máquina incapaz que cada vez consome mais do que produz.
Até quando e até onde é a resposta que a sociedade precisa cobrar, organizada e sistematicamente, antes que mais nada reste aos contribuintes do que pagar impostos que não param de ser inventados e majorados, escorados em desculpas e promessas.
Desde a constituição da República, mais de uma centena de anos passados, parece que no nosso País, alguns dos piores valores dos tempos imperiais não só não acabam como continuam prosperando sem fim. É o caso do aumento constante dos custos dos Estados, que alguns chamam de custo Brasil, que sistematicamente crescem, sem que tenha havido nos últimos 50 anos um recuo sequer. Em 1950 eles eram de 15% em relação a tudo o que a Nação produzia, o seu Produto Interno Bruto. Em 2002 isso foi quase 37%, mais de um terço de tudo que trabalhamos para conseguir.
Assim, o Estado, que deveria servir a Nação, ao povo que o constitui, torna-se senhor e senhorio dos Cidadãos, cobrando tudo, como se proprietários fossem da terra, numa inacreditável enxurrada de Impostos Federais, Estaduais, Municipais, que, salvo engano, já são 60 (vide quadro).