Tomar um café da manhã reforçado e apostar num jantar leve pode ser uma estratégia simples para ajudar a controlar as taxas de açúcar no sangue. A revelação é de um pequeno estudo publicado na terça-feira no periódico Diabetologia, da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes.
Na pesquisa, cientistas dividiram dezoito pessoas com diabetes tipo 2, e idades entre 30 e 70 anos, em dois grupos. O grupo denominado B ingeriu 700 calorias no café da manhã e 200 no jantar. Já o grupo D fez o inverso: consumiu 200 calorias no desjejum e 700 no jantar. Todos os voluntários comeram a mesma quantidade de calorias no almoço, 600.
Os participantes seguiram as dietas por sete dias. Depois de duas semanas de intervalo, os testes foram repetidos, agora com os voluntários em grupos trocados.
Quando os participantes seguiram o programa alimentar do grupo B, a taxa de açúcar no sangue depois da refeição foi 20% menor e os níveis de insulina 20% maiores do que os dos participantes do grupo D.
Além disso, apesar de os dois regimes terem a mesma quantidade de calorias no almoço, a taxa de glicose depois dessa refeição foi menor (de 21 a 25%) e a de insulina maior (23%) entre os participantes do grupo B, em comparação com o D.
"Um café da manhã rico foi associado com uma redução significativa nos níveis de glicose depois da refeição no dia inteiro", afirma Daniela Jakubowicz, professora da Universidade de Tel Aviv e coautora do estudo. "Esse ajuste na dieta pode ajudar no controle metabólico e prevenir complicações cardiovasculares do diabetes tipo 2."