Mais imbróglio na economia. Claro está que o País sofre um ataque especulativo em sua moeda, com o dólar passando a casa dos R$ 4,00 sem previsão de parar tão cedo, gera tumulto no mercado financeiro e na economia.
O Banco Central com intervenções pontuais não consegue segurar a desvalorização do real, quanto mais atender a demanda especulativa mais os especuladores querem, é fazer o jogo deles.
Quando chega em R$ 4,00 por U$ 1 acha-se que é um absurdo, não é bem assim, a comparação retroativa quando aconteceu a mesma coisa anos atrás, não vale. Computando a inflação nesse período o dólar deveria estar aproximadamente R$ 5,20 (sem considerar a inflação do próprio dólar).
O represamento artificial desaguou agora e o que fazer ? se parar o bicho come e se correr o bicho pega. Inúmeros fatores atuam no câmbio como balança de pagamentos, reservas, dívida interna, dívida externa, PIB as famosas notas de agências que dão aval aos investidores,estabilidade política, etc. O câmbio é o eterno pesadelo dos economistas.
O problema é que estamos numa sinuca de bico com o câmbio, se o dólar continuar subindo inviabiliza com custos insuportáveis uma boa parte da economia . As empresas que tem dívidas em dólar terão sérios problemas de sobrevivência. Por outro lado as exportações em um primeiro momento aumentam e volta a competitividade de vários produtos, frente aos importados.Difícil é montar essa equação.
Se o Brasil perder o grau de investimento em mais uma agência, por conta das trapalhadas, roubalheira e má gestão da administração pública, praticamente todos os fundos estrangeiros serão obrigados a sair, grandes compradores de papéis do Tesouro Nacional terão que atender seus estatutos e bater em retirada, bilhões de dólares voltarão para casa.
Uma das alternativas criada a décadas atrás, foi o sistema de mini desvalorizações, diariamente a moeda da época tinha seu valor corrigido perante o dólar, deu certo por determinado tempo evitando a ação especulativa, entretanto, não dá para ver luz no fim do tunel nem o fim do poço.