O cotidiano e a vida, como um todo são cheio de surpresas. O ser humano é muito breve para se deter em menoridades, em vaidades, em posses, em comendas e distinções. Em momento algum pretende-se que possamos nos elevar à condição de brâmanes despojados ou religiosos extremados, mas pensando que habitamos esse planeta há vários milhares de anos, uma vida de cem anos, na melhor das hipóteses, não passa de ponto infinitesimal em reta etérea.
Pessoas vem e vão, passam, deixam seu melhor e muitas vezes, quando aconselhados por esse filho ingrato chamado orgulho, marcas menos felizes, que sempre acarretam suas tristes consequências. Já disse aquele grande professor que “tudo posso, mas nem tudo me convêm”. A lição neste momento vem da política da corrida pela sucessão presidencial.
Independente de posicionamentos partidários ou ideológicos, a morte de um homem jovem, vigoroso, com esperanças e ideais sempre nos traz reflexões. O imediatismo da vida assombra, e o futuro, por maiores sejam as certezas filosóficas da vida, é incógnita a ser desvendada. Por hora, vale imaginar que o sorriso é espelho que reflete melhor a nossa imagem do que a carranca. E sempre ensinar nossos filhos que o valor está em ser, não em ter. Nossos sentimentos e respeito à família de Eduardo Campos e demais companheiros daquela jornada.
Fabio Cenacchi