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06/08/2014
Frazinha

“  Frazinha “
Frazinha era uma mulher normal , da zona rural de Timbó Grande SC . Nascida Eufrazia  , veio de Antero  e Domenica.
Vestes simples , sem lantejoulas , porte até que altivo , carnes firmes, cheirava á perfume barato comprado mensalmente no mercadão da cidade . Suas ancas eram .......digamos .......generosas e no local onde morava com sua mãe e sua irmã , era considerada “ carne nobre “ pois no Bairro Caititó , não existia um só homem da magnitude dela , que a enfrentasse num entrevero amoroso  .
A vida andava , modorrenta e Frazinha , que trabalhava na Farinheira da Fazenda Berrante , seguia a vida ....casa , trabalho , casa , banho , novela , cama . trabalho.............
Um dia qualquer , apareceu Aristeu , tb chamado de Mingau que veio da capital , passar uns dias na fazendola do pai , para espairecer os miolos . Logo que chegou , Mingau , 17 / 18 anos , estudante , baladeiro , amante da velocidade e exalando á Boticário , vislumbrou Frazinha que passava ao largo do pátio da fazenda , indo pra seu lugar de trabalho , na farinheira . Olhou com mais parcimônia , de soslaio , a estrutura , as ancas , o porte de Frazinha , então com ...uns 30 e poucos anos já . Deu-se então o curto circuito . Frazinha olhou prá Mingau , foi correspondida e deu um leve sorriso ; O pecado estava no ar .
Terminou o dia , todos se recolheram ás suas casas mas , Frazinha e Mingau pensavam telepaticamente um no outro .


Amanhece o dia seguinte e Frazinha melhora o “ look “ , ajeita mais o cabelo maltratado , faz um rabo de cavalo , coloca umas 5 gotas á mais do perfume “ Fleur du Curral “ comprado no mercadão ( o fdp que falsificou este perfume nem competente foi para copiar corretamente o titulo ) , colocou um jeans limpo , blusa com nó no umbigo e foi pro trabalho na farinheira .
Mourinha e Jeléia ( com J mesmo ) , velhas “ galinhas”  do sítio , que trabalhavam na moagem da mandioca , logo perceberam a nova situação e se entreolharam ao ver Frazinha entrar no recinto da farinheira , garbosamente . - EPA , pensaram ......tem coisa nova aí .
Iniciou-se a jornada diária e ......como já era esperado por ambos , aparece no barracão , Mingau e seu pai , o fazendeiro cover Luizão Papaléguas . Luizão , velho comedor de carnes novas e nobres notou a .......exuberancia de Frazinha que , meio sem jeito , manuseava o rodo da farinheira no disco torrador e olhava pros lados de  Mingau , disfarçadamente , como quem não quer nada .


Mingau e Luizão andaram por todas as dependências da fabriqueta , o silencio era total entre os empregados e só as maquinas e aparatos de produzir farinha , faziam barulho .
Mingau passou então , disfarçadamente , ao lado da farinheira de Frazinha e ratazanamente perguntou :  - Tá quente aí ??    ao que Frazinha respondeu com a língua entre os dentes : - Quente estou eu .
Pronto , Mingau teve taquicardia , homeopatia , seborreia , rinite , otite e uscambau , sua pressão foi a milhão . Teu pai , Luizão Papaléguas , assustado , socorreu o filho Mingau que pendia dum lado pro outro tal qual uma girafa bêbada e amparou-o até uma cadeira próxima , sentando-o para acalma-lo .


Todos foram abanar o Mingau que suava , tremia e balbuciava palavras sem nexo ...
Luizão então perguntou  , - O que será que deu nele ?????
Os dois fdp , Mourinha e Jeléia , responderam então pro velho Luizão – FOI O CALÔ DA FARINHÊRA , e se entreolharam .
Frazinha , que tudo assistia , ajeitou os têtos , a calça jeans e os cabelos e balbuciou ....- Dias gloriosos estão prá chegar ..........

Não percam o epílogo deste numa próxima edição pois chegou a hora de beber a primeira de hoje !