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31/01/2014
O nudismo revela o que a roupa engana

O sempre estar em companhia de outros em sociedade faz com que precisemos estar apresentáveis, isto é, vestidos com roupas apropriadas para quaisquer das ocasiões. Mais as mulheres se preocupam com suas vestimentas em se fazer notar e notar outras se elas estão bem trajadas.  Se vestir bem, sem exageros tem a ver com o se sentir bem em público. Na verdade, as pessoas mais se vestem para a observação de outras pessoas. Alguém mal vestido também chama à atenção como alguém que não sabe se vestir ou não tenha posses para tal. Entretanto, no viver em sociedade, roupas e enfeites fazem parte das aparências com as quais cada um quer se mostrar. Vivendo na solidão de um sítio distante da cidade mais próxima, quem se importaria com sua aparência? Uma mulher não iria se vestir, se maquilar apenas para si mesma. Um homem também não iria usar terno e gravata apenas para o seu agrado. Isso comprova que mais as pessoas se vestem para outras e por causa das outras. Mas, as roupas são obrigatórias para as pessoas quando no contato com outras. Servem para ocultar as partes consideradas íntimas. Alguém nu expondo suas partes íntimas para outros pode ser preso por atentado ao pudor.  No entanto, na intimidade do lar quem queira pode ficar sem roupas. Tem quem, mesmo sozinho não consegue ficar sem roupas em sua casa por causa daquele sentimento de “está faltando alguma coisa”. O estar sempre vestido é um hábito forte, um condicionamento social. Para os mais desprendidos e modernos, existem locais reservados para a prática do nudismo. Adultos e crianças, nus como vieram ao mundo se confraternizam, se entretém como se fossem Adãos e Evas. Dizem serem evoluídas as pessoas frequentadoras desses locais de nudismo ou naturismo. Eu não poderia frequentar porque sou antiquado, retrógrado e possuidor de complexos. Gosto de roupas porque elas escondem os desgastes físicos provocados pelo passar do tempo. Também tenho o defeito de fazer comparações (seria só eu?). Já assisti a vídeos sobre nudismo e meus olhos se encantaram com moças bonitas com “tudo no lugar”. As de mais idade já com seus despenques a mostra me fizeram pensar “como a vida é cruel”. Dizem que se algum convidado for pela primeira vez num desses lugares e assanhado ficar olhando para os seios e para as genitais femininas, ele será convidado a nunca mais voltar. Só pode olhar de relance “sem querer” e fingir que nada viu. Dizem também que o sonho dos naturistas mais radicais seria difundir a prática de todos se apresentarem despidos em qualquer lugar público. Se isso acontecesse provocaria o fim das indústrias de tecidos e das fábricas de roupas. Também muito desemprego e queda dos impostos para o governo. E eu fico a pensar como seriam os bailes com os pares dançando sem roupa. Nas boates de entretenimento sensual, estriptizes perderiam a graça.  A noiva sem o vestido de noiva só com o véu e com o buquê de flores. Contudo, agora preciso me vestir, pois, está chegando aqui em casa uma visita. Não quero que ela se assuste comigo vendo minhas deformações que as roupas escondem, ou, me considere pornográfico.
                                                                                                       Altino Olympio