Versão para impressão

27/11/2013
Aposentadoria - Dicas na hora da escolha

Regimes de tributação da previdência privada

 - Tributação regressiva:

Alíquota de IR começa em 35% e cai para 10% após 10 anos sobre cada contribuição (dependendo então do período de cada contribuição).

Esse regime é indicado para quem tem alguma reserva financeira e horizonte de resgate somente no longo prazo, pois quem saca o dinheiro antes de dois anos, tem 35% de incidência de IR.

 - Tributação progressiva:

É feita tributação antecipada de 15% de IR na fonte, o restante vai sendo ajustado na declaração anual de imposto de renda.

Regime recomendado para quem está até o primeiro nível da tabela do IR (alíquota de 7,5%) que equivale a faixa de renda de R$ 2,563,91.

A escolha do tipo de tributação não pode ser alterada então, é preciso analisar bem o que se espera com essa aplicação financeira.

 

Oito erros mais comuns ao planejar a aposentadoria

1-NÃO SABER QUANTO VAI PRECISAR
Pessoas olham o orçamento atual e cortam as despesas que não terão na aposentadoria (prestação da casa, escola dos filhos), mas esquecem de que não terão o plano de saúde da firma (após 60 anos, o plano individual custa até três vezes) nem que gastarão até um terço da renda com remédios

2-PERDER BENEFÍCIOS FISCAIS
Na previdência privada, o imposto que iria para a Receita Federal engorda o patrimônio e também "rende" para o aplicador, que só é tributado no momento de receber o benefício ou no resgate. Nos fundos de investimento, o imposto é semestral, impedindo o ganho de juros sobre juros com dinheiro da Receita

3-ASSUMIR POUCO RISCO QUANDO JOVEM
Como não começa a investir jovem, o aplicador perde o momento mais favorável para arriscar em renda variável. Distante da aposentadoria, o jovem tem tempo suficiente para assistir e resistir às altas e baixas da Bolsa. No longo prazo, o investimento de risco costuma bater as aplicações conservadoras

4-DESPREZAR CUSTOS PARA ADMINISTRAR SEU PATRIMÔNIO
Taxas de administração de fundos de investimento e de pensão levam até a metade do rendimento dos investidores. Uma aplicação de R$ 100 mil no fundo DI rende hoje 10,75% bruto; se o fundo cobrar 4% de taxa de administração, o retorno cai para 6,75% depois de um ano. Descontando o IR de 20%, ficará com R$ 105,4 mil -na poupança teria R$ 106 mil

5-DESCONHECER REGRAS DA APOSENTADORIA OFICIAL PELO INSS
Poucas pessoas que fazem contribuição máxima ao INSS (R$ 381,41 mensais) sabem que é praticamente impossível atingir o teto do INSS, hoje de R$ 3.467,40. O motivo é que as contribuições passadas são corrigidas pela inflação, mas não atingem o teto atual

6-COMEÇAR TARDE
A maioria dos jovens adultos não tem plano de previdência. A ficha só cai lá pelos 35 anos, quando a pessoa está endividada com gastos dos filhos pequenos e da casa. Quem trabalha desde os 20 anos perdeu 15 anos de contribuição

7-ASSUMIR MUITO RISCO PRÓXIMO DA APOSENTADORIA
Para recuperar terreno, profissionais perto da aposentadoria arriscam as economias em renda variável, correndo um risco desaconselhável nos dez últimos anos de contribuição

8-NÃO DIVERSIFICAR FONTES DE RENDA NA APOSENTADORIA
Além da aposentadoria oficial pelo INSS, os aposentados podem complementar a renda com a previdência privada e o fundo de pensão da firma. Aluguéis, dividendos e os filhos ajudam a manter o padrão de vida


Folha de São Paulo