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04/01/2013
Mulheres maravilhosas

Na literatura, na política, no cinema e na história sempre  fomos presenteados com  marcantes personalidades  femininas. Certamente, eu poderia escrever dezenas de páginas, sobre elas e suas especiais potencialidades. No entanto, me limitarei  a descrever    algumas, das inúmeras presentes em meu cotidiano e altamente  influentes em minha vida.
Na infância, um exemplo forte  de mulher, foi minha madrinha (Dona Cida Sant’Anna), que moldou meu caráter, minha determinação em trabalhar incansavelmente  e que me ensinou que honestidade, tolerância  e  coragem eram  fatores decisivos na vida de qualquer pessoa. E  ela não só pregou estas regras. Agiu de acordo educando suas filhas dentro destes princípios para que não cruzassem  os braços e nem  desistissem jamais. Jandira assim, a exemplo da mãe, foi mulher de garra, lutadora, honesta e digna que conseguiu evoluir e  atingir  degraus da vitória  ao optar  por sua liberdade e independência. Elenice, também, não foi diferente. Batalhou e ainda hoje se esforça pelo melhor.  Vivi e aprendi  com este  trio de grandes mulheres!
Presenciei, porém outros  casos na família Sant’Anna: A Tia Iracema, a Tia Ziza que, na década de 60, abriram mão de confortáveis casamentos. Instruíram-se, enfrentaram o mercado de trabalho e partiram para uma autonomia pouco estimulada em tempos de grandes preconceitos. A  Tia Tatinha, casada com meu Tio Moacir Sant’Anna  ao longo de um casamento de mais de 50 anos, também me serviu de modelo, ao caminhar ao lado do marido de forma sempre  colaborativa,  contribuindo assim  para o sustento e boa  educação das filhas. A  Tia Cici ( Aracy Sant’Anna) , outro exemplo. Viúva muito jovem, arregaçou as mangas, montou seu salão de cabelereira em Caieiras e  assim manteve   o sustento da família. Convivi  e aprendi com este  quarteto de grandes mulheres.
À medida que fui me tornando adulta, outras figuras   femininas  cruzaram meu caminho: No trabalho, as  amigas, Cida Tomasetto, Margarete Fava, Norma Conrado, Noêmia Menegatti, Ana Maria Corsi, Maria Marliza Teixeira, Conceição Spera, Mônica Prando, foram também inspiradoras. Assim como, minha dentista, Adriana Sato  que , pelo  excelente  profissionalismo e empenho , conseguiu  vencer e criar filhos maravilhosos. Aprendi com elas também. Grandes mulheres!
O que tinham em comum?  Talvez a coragem e a  vontade de trabalhar. Todas  então, foram  decididas. Não se escoraram em ninguém e nem  necessitaram da  retaguarda masculina  para torná-las  melhores. Já eram... Naturalmente... Por simples postura diante da vida.
Foram e são  mulheres  de valor. Diferente do perfil patético  de   Roseane Collor,  exposto num programa  da Rede Globo, onde se dizia  descontente com  a “ irrisória”  quantia de R$ 22.000,00 mensais, paga pelo ex marido . Quantia tão “micha” que a obrigava  escrever um livro de idiotices ao invés de ir trabalhar, como a maioria das mulheres divorciadas do país. Infelizmente, são muitas as “Roseanes”, subsidiadas por  ex maridos . Infelizmente muitas delas, até consideram  oportuno, casar, separar  e viver de pensão. São  mulheres pequenas, fracas  e inseguras.
Prefiro então, pensar naquelas exemplares, maravilhosas que cruzaram meu caminho e que  me deram a chance de conhecer uma classe  feminina  muito  diferente: mulheres anônimas, dignas, batalhadores e essencialmente  belas! . As outras, “as Roseanes”... Que permaneçam na mídia, nas colunas sociais e nos mexericos de jornalecos inúteis. Não serão nunca  exemplos e jamais se tornarão mulheres  maravilhosas. Como estas citadas nesta crônica  !
FATIMA CHIATI
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