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20/09/2012
Um bicho papão chamado Alzheimer .

Estimativas de que aos 85 anos praticamente metade dos indivíduos apresentam a Doença de Alzheimer assustam famílias, que precisam conviver com o envelhecimento e com os sintomas desta enfermidade.

Existem alguns fatores que transformam a doença em um bicho papão, e o fato de que não existe uma forma de precavê-la, da mesma forma que não existe nenhum medicamento que interrompa definitivamente a evolução da doença. Sendo assim, a única forma de combater o Alzheimer está associada a tratamentos que contribuem para minimizar os sintomas, retardar a evolução da doença e controlar as alterações comportamentais.

Existem ainda hábitos, como manter a cabeça ativa e uma boa vida social, o que permite, pelo menos, prorrogar a manifestação da doença. “Entre as atividades recomendadas para estimular a memória, estão: leitura constante, exercícios de lógica, jogos e participação em atividades de grupo”, indica Jullyanne Marques, gerontóloga da Dal Ben.

Não é tarefa fácil realizar o diagnóstico da doença de Alzheimer. De acordo com a especialista, a família do idoso tende a considerar os sintomas iniciais da doença como problemas decorrentes da idade avançada e não procura a ajuda de um profissional. Além disso, ao notar os sintomas da doença, o próprio portador tende a escondê-los por vergonha, retardando ainda mais o diagnóstico da doença. Neste sentido, é necessário que a família esteja atenta ao comportamento do idoso. “O diagnóstico precoce contribui para uma melhor qualidade de vida e controle da doença”, alerta Jullyanne.

Os sintomas mais comuns passam pela perda gradual da memória, principalmente memória recente, dificuldades em exercer as tarefas cotidianas, como, por exemplo, completar uma ligação, ou acender e apagar um fogão, problemas com o vocabulário, desorientação de tempo e espaço, incapacidade de julgar situação e diminuição do senso crítico, problemas com o raciocínio abstrato, perda de iniciativa, trocar o lugar dos objetos, mudanças repentinas de humor e comportamento.

10 dicas valiosas para lidar com Alzheimer

1. Não tente corrigir o idoso situando-o no tempo e espaço, ao invés disso, aproveite para conversar com o idoso sempre que ele desejar, sobre o assunto que ele direcionar.

2. Álbuns com fotos antigas costumam ser uma atividade prazerosa para o idoso, que ao observar as imagens reconhece a situação e pode comentar sobre os acontecimentos.

3. Quando se comunicar com um idoso portador do Mal de Alzheimer, utilize frases curtas e simples, que possam ser facilmente compreendidas.

4. É importante que seja feita apenas uma pergunta ou solicitação de cada vez, dando ao idoso o tempo necessário para que ele possa pensar e formular a sua resposta, sem pressa ou interrupção do seu raciocínio.

5. A repetição de frases, perguntas ou diálogos são tediosos para as pessoas que são saudáveis, ao portador de Alzheimer é necessário para que haja compreensão. Portanto, repita quantas vezes forem necessárias as mesmas coisas, sem exigir do idoso lembrança.

6. Fique atento à linguagem corporal e às expressões faciais do idoso e às suas também.

7. Quando houver dificuldade de comunicação verbal, utilize formas lúdicas, como objetos ou música.

8. Não exclua o idoso das reuniões festivas como Natal, aniversários, etc.

9. Honre a personalidade do idoso: se ele gosta de passear, acompanhe-o; se gosta de determinado programa televisivo, faça questão de ligar a TV na hora da sua emissão.

10. Não trate o idoso como criança ou como doente! Trate-o com respeito. Continue compartilhando de sua vida com o idoso e mostre a ele que você o estima e o ama.

CURIOSIDADE: Estudos sobre a causa do Alzheimer

Existem várias teorias que procuram explicar a origem da doença de Alzheimer, mas nenhuma está cientificamente provada. São elas:

• Quanto mais avançada for à idade, maior a probabilidade de desenvolver a demência.

• Filhos que nasceram de mães com mais de 40 anos podem ter mais tendência a problemas demenciais na terceira idade.

• Pesquisas apontam o Alzheimer como uma doença geneticamente determinada, não necessariamente hereditária (transmissão entre familiares).

• O Traumatismo craniano é apontado como uma possível causa do Alzheimer. Alguns cientistas acreditam que idosos que sofreram traumatismos cranianos mais sérios, podem futuramente desenvolver demência.

• Pesquisadores apontam que o nível de escolaridade pode influir na tendência a ter Alzheimer.

• A contaminação pelo alumínio também foi levantada como possível causa de Alzheimer.

Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Neurologia e Saúde com Dr. Paulo Caramelli


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