Ontem Roma, hoje...
Há uma série de romances históricos de um incomparável escritor brasileiro
que retrata com grande fidelidade os primeiros séculos da antigüidade
clássica, principalmente relativos ao apogeu e declínio do império romano.
Houve um momento na história da humanidade no qual praticamente todo o mundo
conhecido nascia e morria sob o domínio do Césares romanos. As legiões do
império eram temidas pelos povos dominados, principalmente as centúrias,
conhecidas pela violência com subjugavam os habitantes. Mantinha-se uma
aparente ordem social, intimamente condenada pela subversão interna e pela
intensa crise moral responsável, na verdade, pela queda do majestoso
império, por volta de 476 d.C. Governantes corroídos pela corrupção, o
estado romano afogado na própria burocracia, vaidades assolando o interesse
público, a sensação de insegurança vivida pelos cidadãos do império
assinalavam o declínio de uma ordem sustentada por séculos. Havia
representantes do governo, indiferentes aos anseios da grande massa,
renitentes em sustentar a grandeza de uma instituição com avançados indícios
de falência. Os romanos, na verdade, preocupados em sustentarem-se nos
suntuosos palácios, esqueceram de se manterem atentos contra o pior dos
inimigos. O mesmo inimigo responsável, em ultima análise, pela queda de
incontáveis governos. Bastou o nascimento do filho de um carpinteiro para
fazer ruir todo esse colossal estado. Os romanos esqueceram-se de
defenderem-se dos próprios romanos. Alguém me disse uma vez que a História
guarda importantíssimas lições...