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16/05/2012
Pâncreas artificial passa por primeiro teste ambulatorial nos EUA.

Ferramenta automatiza grande parte do trabalho de monitoramento e manutenção dos níveis de açúcar no sangue de diabéticos

Uma equipe da University of Virginia School of Medicine, nos Estados Unidos, deu início ao primeiro teste ambulatorial de um pâncreas artificial capaz de tornar mais fácil o gerenciamento do diabetes tipo 1.

O dispositivo consiste em um smartphone reconfigurado para monitorar a bomba de insulina e o monitor contínuo de glicose dos pacientes.

A ferramenta automatiza grande parte do trabalho de manutenção dos níveis de açúcar no sangue.

Para o primeiro ensaio clínico, os pesquisadores recrutaram o paciente Justin Wood, de 40 anos.

Diagnosticado como portador do diabetes tipo 1 cerca de 28 anos atrás, Wood usa uma bomba de insulina para ajudar a regular o açúcar no sangue, mas deve verificar os níveis de açúcar no sangue através da punção no dedo, pelo menos, de três a cinco vezes ao dia.

Ele também precisa medir com precisão o consumo de alimentos, especialmente a quantidade de hidratos de carbono, para ajudar a ajustar sua fonte de insulina.

"Embora a gestão do diabetes já faça parte da minha natureza, é algo em que você pensa quase constantemente. A interface de operação do novo dispositivo é muito simples e rápido", afirma Wood.

Wood usou o dispositivo para ler e equilibrar o nível de açúcar no sangue. Na hora das refeições, como fazia com a bomba de insulina padrão, ele adicionou o que comeu para ajudar a equilibrar o açúcar no sangue mais rápido.

Segundo os líderes da pesquisa Patrick Keith-Hynes e Kovatchev Boris, o paciente ficou impressionado com o potencial do pâncreas artificial.

O dispositivo pode ainda reduzir o número de vezes que o paciente mede a glicose a partir de picadas no dedo para não mais do que duas vezes ao dia.

A equipe planeja, agora, continuar os testes ambulatoriais até 2013 na universidade e em três outros locais com um total de 120 pacientes.


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