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09/05/2012
Que belíssimo exemplo

Hoje pela manhã, ao cruzar a Avenida Mato Grosso, em direção ao colégio onde estuda meu filho, deparei-me com uma cena exemplar de cidadania.
Era um senhorzinho já curvo, pelo peso da idade, aparentando oitenta anos carregando uma vasilha de água caminhando lentamente na direção a um pé de “oiti” - recém plantado no canteiro central. Parei por três minutos e fiquei observando a maneira carinhosa como ele aguava a planta. Era perto das seis e trinta da manhã e o termômetro do carro marcava treze graus. Pensei : “Se todos no mundo fossem iguais a você, que bom seria viver”. Ele provavelmente não chegará a vê-las frutificando e dando sombras, mas tenho certeza que isso era o que menos importava.
Este mês coincidentemente, é comemorado o mês internacional do meio ambiente, mês esse, que o vovô também desconhece no seu calendário. Para ele, todo dia, é dia do meio ambiente. Foi o que ele me disse, quando o abordei para entender sua essência de cidadão.
Disse-me mais: - O senhor está vendo estas árvores adultas aqui ao lado? Alguém as plantou há muitos anos atrás sem se importar se iria vê-las crescer ou não e hoje estão aí esplendorosas e embelezando a cidade não é mesmo?
Continuamos a conversa e ele emendou: - Eu sempre procuro dar um bom exemplo para meus filhos, netos e amigos. E isso não me custa nada, muito pelo contrário, me dá muita satisfação. O finado meu avô, disse-me o velhote, perto de completar noventa anos estava a plantar um pé de coco quando lhe perguntei :  Vô este pé de coco vai demorar pelo menos dez anos para produzir e o senhor acha que viverá tudo isso ? E ele prontamente respondeu-me. – Eu não tenho pressa, a mãe natureza é sábia e é ela quem sabe a resposta - o mais importante é fazer a sua parte por mais ínfima que possa parecer.
  Pois é meu desconhecido vovô, o senhor é o grande homenageado no dia de hoje, dando-me profundas  lições, e tenha certeza que eu  seguirei à risca os seus sábios conselhos.
Afinal leitores, no último século a humanidade “evacuou” literalmente no mundo – talvez mais por ignorância do que por maldade – e a fatura está chegando em doses cavalares, inclusive no nosso imenso Brasil, vejamos  então : A seca na Amazônia, o furacão Catarina no Sul e as constantes variações climáticas que tanto afetam a agricultura e a qualidade do ar que respiramos, são sinais inequívocos que o planeta está doente - e pedindo socorro.
O jogo ainda parece não estar perdido desde que cada um faça já sua parte, principalmente países gananciosos como os E.U.A, que sozinhos emitem 35% de todo  gás carbônico lançado na atmosfera – o grande responsável pela destruição da camada de ozônio.
E VIVA A PÁTRIA!
osvaldo@apoiorural .com.br   -    empresário e Eng.Agrônomo


Osvaldo Piccinin