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24/04/2012
O amor no novo milênio.

Em escritos sobre as relações afetivas no mundo atual a afirmação é de que, no novo milênio,os relacionamentos passarão por grandes mutações.
Se até as décadas de 70 e 80, homens e mulheres buscavam seus parceiros baseados na teoria de completude , no novo milênio este comportamento tem seus dias contados.As mulheres que acreditam ser o homem a razão de suas vidas terão que se transformar.E os homens que também buscam na parceira uma atitude puramente matriarcal também terão que se esquecer disto.Ninguém mais se responsabilizará pela felicidade do outro.As posturas serão mais individualistas ou seja cada um terá que batalhar sua realização seja ela profissional, emocional ou financeira.
Homens e mulheres  terão novos posicionamentos, ou seja ambos se encontrarão mas como pessoas inteiras, realizadas,de vida própria e sem a obrigação de atender as necessidades do outro a custa dos maiores sacrifícios. Predominará  a individualidade que nada tem a ver com egoísmo.Será a individualidade que não admite que um se abasteça da energia do outro.Será a união de pessoas completas que optam pela convivência mútua por satisfação, e não exclusivamente por comodismo. Pensando bem, os analistas e especialistas devem saber o que estão dizendo. Ouvem, há anos ,queixas,frustrações e decepções de seus clientes.Devem estar certos: Este novo modelo de relacionamento marcará os novos tempos.
Olhando à minha volta já presencio mulheres altamente independentes, atuantes, participativas no mundo e que estão distantes  daquelas mulheres, onde o casamento era única opção de sobrevivência num mundo totalmente dominado pelos homens.Era triste, mas elas saíam da dependência paterna para cair na do marido.E aí sem outras oportunidades engajavam-se na manutenção do matrimônio mesmo que entre grandes bocejos de insatisfação.Num novo cenário, elas já conquistam seu espaço. Se as do passado eram submissas e dependentes, as de hoje prezam pela liberdade e acreditam muito mais em sua capacidade profissional e intelectual.Não  descartam a feminilidade ou o sentimento de dedicação à família e filhos.Ao contrário,mais realizadas elas estão mais interessantes e inteiras para transmitir o verdadeiro valor da plenitude.A mulher está deixando de ser um “apêndice” na vida do homem para ser parte importante no desenvolvimento e crescimento da sociedade.
Com esta nova mulher, o homem do século XXI também se obriga a passar por transformações, acompanhando-a e também se estabelecendo como pessoa inteira.Já não aceita ser apenas o provedor,o mantenedor e aquele que simplesmente subsidia vontades e obrigações financeiras. Ele também prefere compartilhar sua vida com esta nova mulher que agora, finalmente, se apresenta como uma verdadeira parceira.Também  prefere descartar o autoritarismo imposto e herdado para se integrar emocionalmente em atitudes que antes lhe eram proibidas ou simplesmente negadas .E pelas contingências, novos padrões se estabelecem fazendo o relacionamento afetivo também se modificar.  Ambos modificados se buscarão não simplesmente  para preencherem lacunas mútuas, mas para caminharem lado ao lado. O novo homem já não se verá simpatizado com mulheres dependentes , “grudentas” e frágeis demais.O ideal  será ter ao lado,  uma “mulher forte”,corajosa sem “dengos” e com boa estrutura emocional.
A nova mulher,  logicamente, não buscará também o companheiro que unicamente lhe paga as contas mas que lhe cerceia ou lhe coloca  num patamar de inferioridade e escravidão doméstica.Também irá preferir um novo homem,  sensível e  companheiro .
Para os especialistas não existirá uma metade a procura de outra metade,como já pregava o romantismo nos séculos passados.Existirão  dois seres inteiros,realizados,e que estarão dispostos a permanecerem juntos exclusivamente  por prazer e por vontade de compartilhar experiências de um amor muito mais completo.Que seja mesmo assim! Desde que seja  mais saudável aos dois.

Comentários:

      Gostei do que li.
      Essa mudança foi melhor para os dois.
      Dá pena dos que ainda não a valorizaram. São escravos.
      Há 46 anos passados alguns já pensavam assim e hoje vivem um presente compensador.
      Parabéns.
      Alcides 

 


Fátima Chiati