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18/11/2011
Controle o diabetes em casa

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16/11/2011 - Fonte: Diabetes  

Aprender a controlar o diabetes permite que a pessoa leve uma vida tão ativa quanto desejar. Por essa razão acostume-se a registrar o seu dia-a-dia, criando uma agenda de atividades. Dessa maneira você saberá exatamente quais foram as reações de seu organismo para cada fato ocorrido. Em quais ocasiões você desenvolveu hipo ou hiperglicemia e se esses fatos estão relacionados a horários, refeições, outras doenças etc.
O desenvolvimento de métodos para a automonitorização da glicose sanguínea é visto como uma grande ajuda para o controle ideal para o paciente diabético.
Com o uso dos resultados da automonitorização, as pessoas com diabetes são hoje capazes de ajustar o tratamento para obter um controle ótimo. Isso possibilita a detecção e prevenção da hipo e hiperglicemia e a normalização dos níveis de glicose sanguínea, que possivelmente reduzirão as complicações diabéticas em longo prazo.
Os métodos de automonitorização são diversos, como explica a enfermeira Júlia Kenj, educadora em diabetes.

Júlia Kenj –“Existem vários métodos para a automonitorização da glicose sanguínea.
1. Glicemia (glicose no sangue) capilar: é verificada por meio de uma gota de sangue obtida por punção capilar (ponta de dedo), aplicada em uma tira reagente que é inserida em um monitor (equipamento que realiza leitura da glicemia capilar). Em alguns monitores existentes no mercado deve-se primeiro colocar a fita no aparelho e depois colocar a gota na fita para que o monitor proceda à leitura.
A monitorização da glicemia capilar é considerada um fator primordial para o bom controle glicêmico.
É possível realizar a punção em outras áreas do corpo como antebraço, braço, palma da mão, coxa e panturrilha. São chamados de LAT (locais alternativos de teste), porém, para fazer uso desse método, deve-se primeiro conversar com a equipe médica.
2. Glicosúria (glicose na urina): é verificada com uma tira reagente molhada em urina. Alguns fatores podem influenciar a determinação da glicosúria, como: função renal, ingestão de líquidos e tempo de permanência da urina na bexiga. Geralmente a glicosúria só apresenta resultado positivo quando a glicemia ultrapassa 180 mg/dl.
O teste da glicose na urina também é uma forma para verificar o controle do diabetes, porém menos eficaz. Os rins constantemente filtram o sangue e produzem urina. Quando a quantidade de glicose no sangue ultrapassa 180mg/dl, uma parte dessa glicose aparecerá na urina. Um teste de urina mostrando uma grande quantidade de glicose sugere nível alto também no sangue. Por isso é importante fazer o teste de glicose sanguínea, pois o teste com a urina já é um indício de que o diabetes esteja fora de controle.
A glicosúria foi a primeira tentativa de controle glicêmico domiciliar, amplamente utilizada no passado e ainda útil para alguns pacientes.
3. Cetonas na urina: As cetonas na urina – fenômeno chamado de cetonúria - indicam que o controle do diabetes tipo 1 não está adequado ou que a pessoa está em período prolongado de jejum. Quando quase não há insulina efetiva disponível, o corpo começa a utilizar lipídios para produzir energia. Os corpos cetônicos são subprodutos dessa quebra de lipídios e se acumulam no sangue e na urina. O único método disponível para a auto-avaliação de corpos cetônicos é o teste urinário.
O método mais comumente utilizado para detectar cetonúria inclui um kit urinário, que dosa um tipo de corpo cetônico. A fita reagente assume a cor púrpura quando as cetonas estão presentes. Existem também fitas que dosam tanto a glicose quanto as cetonas.
Os testes de cetonúria devem ser feitos sempre que os pacientes com diabetes tipo 1 apresentarem níveis de glicose sanguínea inexplicavelmente elevados (acima de 250mg/dl) e devem ser realizados, ainda, na ocorrência de outras doenças ou na gestação.
Hoje, já existem equipamentos que verificam a cetonúria por meio da punção da polpa digital (ponta de dedo), como para glicemia capilar.
Também é aconselhável que o portador de diabetes faça uma ficha ou carteira de identificação com todos os seus dados, mantendo-a sempre consigo. Isso será de grande ajuda quando, por exemplo, acontecerem alterações do tipo hipo ou hiperglicemia em locais em que não haja pessoas conhecidas que saibam da doença.
São dados importantes a serem registrados na IDENTIFICAÇÃO DE DIABÉTICO:
• a existência da doença;
• telefone de algum parente ou conhecido;
• nome e telefone do médico;
• medicação utilizada e a dosagem;
• alergias;
• outras doenças associadas;
• outros dados que a pessoa considere importantes."