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04/11/2011
Resveratrol é capaz de reduzir taxa de glicose no sangue, níveis de insulina e armazenamento de gordura no fígado.

A ingestão de resveratrol - antioxidante presente na uva - traz benefícios para o metabolismo, além disso, é responsável por melhorar vários parâmetros de saúde, sobretudo em homens obesos. É o que aponta estudo conduzido pela Maastricht University, na Holanda.

A pesquisa foi realizada com 11 homens obesos, que receberam, aleatoriamente, um placebo ou um suplemento dietético contendo 150 mg/dia de resveratrol, durante 30 dias. Depois de um período de quatro semanas, o estudo foi repetido com o outro suplemento. Os resultados demonstraram que o resveratrol afeta o metabolismo de energia por meio da ativação da via 'AMPK-SIRT1', resultando na diminuição da glicose no sangue e dos níveis de insulina, menor armazenamento de gordura no fígado, melhora do funcionamento mitocondrial e redução dos níveis de marcadores de inflamação no sangue.

O resveratrol também diminuiu o gasto energético durante o sono, sugerindo que ele melhora a eficiência corporal como um todo. Resumindo: o perfil metabólico dos homens obesos melhorou.

O resveratrol é um composto polifenólico presente em vários componentes dietéticos como vinho tinto, uva, amora e amendoim. Estudos em animais já provaram que o resveratrol ativa as proteínas sirtuínas (SIRT) que estão envolvidas no metabolismo de energia. Estas sirtuínas também são ativadas quando a ingestão calórica é reduzida. A suplementação de resveratrol assim tem os mesmos efeitos benéficos que ocorrem depois da redução da ingestão de calorias, sem que haja realmente redução das calorias.

"Este é um verdadeiro avanço científico. Pela primeira vez, demonstramos os efeitos benéficos do resveratrol para a saúde dos humanos. Também fizemos uma revelação sobre como isso ocorre. Assim, este estudo marca um ponto inicial para a pesquisa futura para ajudar a melhorar o estado de saúde do número ainda crescente de pessoas que sofrem de obesidade e de diabetes tipo 2", conclui o líder do estudo Patrick Schrauwen.


UOL