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01/11/2011
Previdencia e Aposentadoria

Jornal A Semana - Série Previdência e Aposentadoria - Matéria 1

Isabel Bogajo Duarte

Contas que não batem
Dados do Ministério da Previdência Social - DATAPREV revelam que a cada ano aumenta a diferença entre arrecadação e despesas com benefícios.

Em 2010, a Previdência Social arrecadou R$ 217.525,1 milhões e gastou, com benefícios, R$ 261.878,3 milhões, fechando a conta com uma taxa negativa de 20,39%. De 2001 a 2010 a quantidade de benefícios aumentou 36,3%, passando de 17,9 milhões para 24,4 milhões.

Essa conta que não fecha desde 1995, quando a diferença começou com menos 0,32%, reflete a realidade de um país que demorou a reagir diante do fato de que sua população está vivendo cada vez mais. Para agravar esse cenário, a Previdência Social aumentou bastante o seu leque de benefícios, nos últimos anos, sem ter a contrapartida necessária para as receitas.

Hoje, o sistema está em total desequilíbrio e, por isso, as finanças públicas passam por sérios problemas. No Brasil, como tem ocorrido no mundo todo, a mudança no sistema previdenciário é inevitável e já vem acontecendo paulatinamente.

Na teoria, quem trabalha deveria pagar por quem está aposentado
Na década de 50, havia no Brasil oito trabalhadores ativos para cada assistido. Na década de 70, eram 4,2 contribuintes para cada beneficiário e na década de 80 e 90 a situação se agravou ainda mais, chegando a cerca de dois. Projeções feitas pelo Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (IPEA), em 1997, consideravam que em 2.030, esse número seria de 1 trabalhador ativo para cada beneficiário.

O Envelhecimento da população
Estudos mostram que a expectativa média de vida hoje, ao nascer, é de 69 anos. Se considerarmos a esperança de sobrevida a partir dos 60 anos de idade, chega-se aos 78 anos de idade, em média.

O aumento da economia informal - fruto do desemprego e dos movimentos de terceirização - é outro fator que onera o Sistema Público de Previdência, já que trabalhadores informais geralmente não contribuem para o sistema, mas tem acesso ao benefício mínimo garantido a todo cidadão.

A pergunta que não quer calar
Você acha que poderá manter, na aposentadoria, o mesmo padrão de vida que tem enquanto está na ativa, só contando com os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)? Já parou para pensar em como garantir uma aposentadoria mais tranquila, em que possa dedicar o seu tempo para a realização de um sonho, em vez de ficar contando moedas para pagar um remédio, por exemplo?

No momento em que a Previdência Social passa por uma série de mudanças, o brasileiro começa a pensar mais em tipos de investimentos que possam contribuir para uma aposentadoria sem a dependência exclusiva dos benefícios do INSS.

Essa é a primeira de uma série de matérias sobre previdência e aposentadoria, que visa chamar a atenção de jovens e não tão jovens para o fato de que, cada vez mais, caberá ao indivíduo cuidar e se preparar para a aposentadoria.

Veja informações sobre Previdência Social em http://www.mpas.gov.br

Conheça o material desenvolvido pelo INSS sobre Educação Previdenciária em http://www.mpas.gov.br/arquivos/office/3_111021-151808-060.pdf