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17/06/2010
Tratamento básico para diabetes

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16/6/2010 - Espaço Diabetes

No diabetes tipo 2 existem basicamente duas situações que contribuem para o aumento de açúcar no sangue (hiperglicemia): deficiência, mas não ausência, de insulina e resistência à ação dessa insulina. Em outras palavras, o pâncreas do diabético tipo 2 produz pouca insulina e essa insulina, por sua vez, não cumpre adequadamente seu papel de retirar o açúcar do sangue.

Desta forma, os medicamentos utilizados para tratamento do diabético objetivam basicamente estimular o pâncreas a produzir insulina e ajudar a insulina a agir adequadamente.

Os principais medicamentos de uso oral são descritos na tabela a seguir:

Função da Medicação


Opções de tratamento

Aumento da produção de insulina pelo pâncreas


Glibenclamida;Glimeprida;Gliclazida;Repaglinida e Nateglinida.

Melhora da ação da insulina nos órgãos


Metformina; Rosiglitazona e Pioglitazona.

Atualmente, além das situações descritas acima, outra causa de hiperglicemia tem sido focada: a produção excessiva de glucagon. Este é também um hormônio produzido pelo pâncreas, que contribui para o aumento da glicose. Para atuar na redução do glucagon, três medicamentos já estão disponíveis: os análogos de GLP-1 (Exenatide), a Vildagliptina e a Sitagliptina.

Outra opção que também pode ser utilizada para compor o tratamento é a Acarbose, medicação que diminui a absorção intestinal de carboidratos (substância encontrada no arroz, macarrão, pães, biscoitos, angu, batata e mandioca) que se transformam em açúcar e têm ação principalmente na hiperglicemia após as refeições (pós-prandial).

E A INSULINA?

A Insulina é indicada no tratamento do diabetes tipo 2 quando os medicamentos não estão sendo suficientes para manter o bom controle glicêmico (ou seja, a HbA1c está maior que 7%) ou então quando o paciente já tem muito tempo de diabetes e não consegue mais produzir insulina. Portanto, mais cedo ou mais tarde, a maioria dos diabéticos
tipo 2 vão precisar usar insulina.

Assim, alguns médicos, hoje em dia, já optam por iniciar o tratamento precoce com a insulina para manter a glicose bem controlada desde o início e evitar as complicações.

Além disso, no paciente com insuficiência renal crônica, a insulina é o medicamento mais seguro para o tratamento do diabetes.

Apesar de podermos contar com as opções de medicamentos acima, “o tratamento do diabetes está mesmo dentro da cabeça” , ou seja, na disposição que o paciente tem de entender a doença e querer modificar certos hábitos que contribuem para o aumento do açúcar no sangue. Sem essa vontade e consciência de que se está mudando para melhor, fica difícil controlar o diabetes, considerando ainda que este esquema que deve ser seguido pelo diabético (alimentação balanceada e exercício físico) é o que deveria ser feito por todos, desde a infância.

Fonte : http://www.espacodiabetes.com.br