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18/08/2009
Ter que viver

Como ficar alheio às insignificâncias da existência e elas significando tanto para a maioria? Não há como fugir das imbecilidades, estas, sempre a nos cercar por todos os lados. Pior, já estão incluídas nas pessoas mais íntimas de nosso convívio. Não importando o grau de estudo, nível financeiro ou boa descendência familiar, a maioria se nivela nos interesses isentos de importância. Se ficassem caladas evitariam a tortura de ouvi-las. Mas não! Falam e falam como seus interesses sem interesse fossem interesses para outros também. A muita idade de vida nos coloca nesse impasse. Por consideração, “obrigação” ou pelo sacrifício do social viver, o pouco convém ouvir é um tormento. Quando jovens aprendemos o significado da palavra evolução, isso parecia uma conseqüência natural a se realizar num futuro. Nele neste presente, a realidade é outra. Cada vez mais a soma de medíocres alastra-se pelo povo e por todas as classes da sociedade. Diariamente os órgãos de divulgação também comprovam isso. Sendo assim, medíocres escolhem medíocres como seus mentores e administradores, pois, parece não mais haver outros diferentes. Ambos são os resultados desta época da comunicação, essa contaminação das massas. Entretanto, neste mundo “Ter que viver” com medíocres por todos os lados, vendo o que fazem, como se entretêm e o pior, enojado pelo que como crianças acreditam é preciso mesmo ser um superhomem.


Altino Olímpio