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29/05/2009
Dobesilato de cálcio e edema macular

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Estudo
27/5/2009 - Farmacia

Um novo estudo revelou que o medicamento dobesilato de cálcio não ajuda a prevenir o desenvolvimento do edema macular que provoca perda da visão nos pacientes com diabetes, que sofrem de retinopatia diabética ligeira a moderada.

Aproximadamente 50 por cento das pessoas que têm diabetes tipo 1 e 30 por cento daquelas com diabetes tipo 2 desenvolvem retinopatia, que envolve danos na retina provocados por complicações relacionadas com a diabetes. O edema macular clinicamente significativo (EMCS) ocorre quando a retinopatia diabética progride.

Quando isto acontece, fluido e depósitos de proteínas acumulam-se perto ou na mácula, a área central da retina, provocando um espessamento e inchaço.

O estudo, publicado na “The Lancet”, incluiu 635 pessoas com diabetes tipo 2 e retinopatia diabética ligeira a moderada que receberam aleatoriamente dobesilato de cálcio ou placebo.

Oitenta e seis pessoas de 324 que tomaram dobesilato de cálcio e 69 das 311 que tomaram placebo desenvolveram edema macular clinicamente significativo. Os investigadores determinaram que as pessoas que receberam o medicamento tinham uma probabilidade 32 por cento maior de desenvolverem EMCS do que aquelas que receberam placebo.

O Dr. Christos Haritoglou, da Universidade Ludwig-Maximilians, em Munique, na Alemanha, e colegas referiram que as descobertas demonstram que o dobesilato de cálcio não conseguiu prevenir a ocorrência de EMCS nem reduzir a probabilidade de desenvolver EMCS, durante o período de cinco anos do seguimento.

Um comentário que acompanha o artigo, escrito pela Dr. Anna B. Einarsdottir e pelo Dr. Einar Stefansson, do Hospital Universitário da Islândia, em Reiquiavique, sublinhou a necessidade de distinguir entre a prevenção da retinopatia e a prevenção da cegueira diabética.

Os especialistas referiram que a cegueira diabética pode ser reduzida ou prevenida sem reduzir a retinopatia. O rastreio sistémico para a retinopatia diabética e o tratamento preventivo a laser, para aqueles que desenvolveram edema macular ou retinopatia proliferativa, reduz a taxa de cegueira em cerca de 0,5 por cento na população diabética, independentemente da prevalência da retinopatia.

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