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10/05/2009
Células tronco e diabéticos voluntários

O diabete melito do tipo 1 é uma doença causada pela destruição do tecido do pâncreas, geralmente secundária a um processo imunológico (por ação de anticorpos).
Desta forma, este orgão não produz mais a insulina, o hormônio que permite a entrada do açúcar (glicose) para dentro das células. Grupos de pesquisadores liderados pelo imunologista Júlio Voltarelli (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo), revelam que o pâncreas do paciente com de diabete tipo 1 pode voltar a funcionar após transplante de células-tronco do próprio paciente.
Os autores vinham acompanhando 23 voluntários há quase cinco anos e perceberam que o nível do peptídeo-C, indicador da quantidade de insulina produzida pelo corpo, aumentou nos pacientes submetidos a esta modalidade de tratamento. Essa substância é liberada pelo pâncreas na corrente sangüínea cada vez que uma molécula de insulina é produzida. Ou seja, quanto maiores suas taxas, maior a produção de insulina e menor o risco de complicações associadas à doença.
Segundo Dr. Voltarelli, o nível do peptídeo-C dos pacientes não só deixou de cair como também aumentou. "Esses pacientes estão produzindo mais insulina do que quando chegaram até nós", afirmou o pesquisador. Segundo ele, onze voluntários não usam mais o hormônio sintético. "Se não precisarem voltar a tomar as doses insulina, eles estão curados, mas todos continuam sendo observados",explica.
Oito deles ainda necessitam do hormônio sintético, mas em doses muito baixas. Apesar de não produzir todo o hormônio de que necessitam, eles passaram a produzir mais peptídeo-C, isso é, o pâncreas está funcionando melhor também nessas pessoas.
Fonte:Hemocentro da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP (2009).
1) Do que preciso e como faço para ser voluntário em pesquisas de células-tronco?
Redação da SBD: Cada pesquisa trabalha com uma metologia e exige requisitos específicos para que o paciente se encaixe ao processo. Os critérios de inclusão na pesquisa “Transplante Autólogo de Células-tronco Hematopoéticas em Pacientes com DM1 Recém-Diagnosticado”, por exemplo, são: idade entre 12 e 35 anos, dosagem de anti-GAD positivo, diagnóstico de diabetes tipo 1 há menos de seis semanas. Nesse caso, todos os pacientes praticam atividade física regular, fazem monitorização domiciliar de glicemia – pelo menos duas vezes ao dia – e realizam contagem de carboidratos. Caso você preencha esses requisitos, entre em contato com o Dr. Eduardo Couri através do e-mail: [email protected]
Para o protocolo de células mensenquimais, os critérios de inclusão são os seguintes: idade entre 12 e 35 anos, não ter apresentado cetoacidose diabética, dosagem de anti-GAD positiva e diagnóstico de DM1 há menos de quatro semanas. Se você preencha esses requisitos, entre em contato com o Dr. Eduardo Couri através do e-mail:[email protected]
O Centro de Transplante de Medula óssea - HC/FMRPUSP de Ribeirão Preto também seleciona pessoas com diabetes tipo 1 para uma nova etapa de pesquisas. Os interessados devem ter mais de 12 anos, diagnóstico recente de diabetes tipo 1 autoimune (até 6 semanas), confirmado com anticorpo anti-GAD positivo. São aceitos, também, pacientes que tiveram cetoacidose no diagnóstico. Caso esteja dentro deste perfil, pode contatar diretamente o Professor Júlio Voltarelli: [email protected].
Vale lembrar que as pesquisas são realizadas apenas nas pessoas que preenchem todos os requisitos.
Fonte : Sociedade Brasileira de Diabetes.

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