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29/04/2009
Diabetes e a disfunção erétil, novo medicamento

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Em estudo...
27/4/2009 - Universia


Pesquisadores do Departamento do Farmacologia e Terapêutica da Universidade Autônoma de Madri em colaboração com o Hospital Ramón e Cajal (Madri), o Hospital Santo Antonio de Porto (Portugal) e o Amylin Pharmaceuticals Inc (Estados Unidos), trabalharam no desenvolvimento de um novo medicamento antioxidante para o tratamento da disfunção erétil associada à diabetes.

O aumento do estresse oxidativo exerce um importante papel na disfunção erétil associada à diabetes, como indica a reversão desta disfunção com um novo tratamento antioxidante oral. A terapia antioxidante se apresenta por tanto como uma estratégia terapêutica razoável para tratar a disfunção erétil em pacientes diabéticos.

A diabetes está associada com uma elevada prevalência de disfunção erétil (DE). Além do mais, os pacientes diabéticos respondem pior aos tratamentos convencionais da DE com medicamentos inibidores da fosfodiesterasa tipo 5 (PDE5), tipo sildenafil ( viagra ) ou outros, por isso que a busca de novas abordagens terapêuticos para o tratamento específico da DE diabética está plenamente justificado. De fato, a diabete se associa a um aumento do estresse oxidativo e este por sua vez limita a biodisponibilidade e a ação do óxido nítrico (NO), uma molécula vasodilatadora chave para a ereção.

Num modelo animal de rato, demonstrou-se que a indução de diabete produzia disfunção erétil, e que o tratamento com um novo antioxidante, AC3056, não só prevenia, mas também revertia a DE já estabelecida nos ratos diabéticas a partir de 3 dias de tratamento oral.

Este efeito do composto AC3056 se correlacionava com uma diminuição do estresse oxidativo e um aumento dos níveis sistémicos de NO. O NO permite o relaxamento do corpo cavernoso e a vasodilatação das artérias penianas, dois processos fundamentais que permitem o desenvolvimento da ereção.

Além do mais, em estudos realizados utilizando amostras de corpo cavernoso de pacientes diabéticos, observou-se que o tratamento com AC3056 permitia recuperar os níveis normais de GMP cíclico (GMPc), um composto que se gera em resposta à ação do NO, e que, por tanto, facilita também a ereção.
Precisamente, os medicamentos inibidores da fosfodiesterasa tipo 5 (PDE5), utilizados atualmente no tratamento da DE, atuam através de um mecanismo que amplifica o sinal do GMPC.

Os resultados do estudo, foram divulgados pela professora Conceição Peiró do Departamento de Farmacologia e Terapêutica da Universidade Autônoma de Madri, em colaboração com a equipe dos doutores Javier Angulo, Pedro Cuevas e Iñogo Sáenz de Tejada do Departamento de Investigação do Hospital Ramón e Cajal de Madri.

Os resultados do estudo publicados no Journal of Sexual Medicine, sugerem que ao combater o estresse oxidativo que se produz na diabete com o antioxidante AC3056, aumenta-se a biodisponibilidade do NO, potenciando a via do NO/GMPc e facilitando os processos vasculares que desencadeiam a ereção. A terapia antioxidante supõe uma abordagem terapêutica da DE específico para os pacientes diabéticos. A efetividade da administração oral de AC3056 o converte num possível candidato para o tratamento da DE diabética, possivelmente em combinação com iniibidores PDE5 ( Tipo Viagra )

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