Segundo o dentista Marcelo Rezende, com a rotina agitada, as pessoas não seguem o conselho médico de alimentar-se a cada três horas.
“A má alimentação é a terceira causa mais comum do mau hálito. Há pessoas que saem de casa sem nada no estômago, dispensando uma das principais refeições do dia, que é o café da manhã. O agravante é que, com o estômago vazio, o suco gástrico passa a ser sentido na boca. Isso vale para outros longos intervalos de tempo entre uma refeição e outra. Alimentos como alho, cebola, atum e algumas bebidas alcoólicas também podem deixar ‘vestígios’ no hálito das pessoas”.
O especialista diz que, no caso de quem não se alimenta bem e regularmente, as duas primeiras causas do mau hálito também são ativadas. “Como a pessoa quase não ingere alimentos, acaba negligenciando a higiene bucal apropriada. Esse hábito favorece a formação das placas bacterianas e do tártaro. Esse material torna o Ph da boca mais ácido e causam mau cheiro”.
A segunda causa se interliga com as duas outras já citadas. Se a pessoa não come direito, acaba não escovando bem os dentes e fazendo bochechos regulares. Conclusão: está mais sujeita ao aparecimento de cáries. “Isso sem contar que se a pessoa não adotar uma dieta equilibrada e saudável, seu sistema imunológico acabará ficando comprometido, facilitando a ocorrência de herpes labial, úlceras bucais e um conjunto de lesões que podem se agravar. Ou seja, todo esforço para ficar sem comer só vai piorar o ‘conjunto da obra’”, diz o especialista.
Por isso, independentemente da dieta que se adotar, vale a máxima de ingerir pequenas porções várias vezes ao dia e cuidar muito bem da higiene bucal, que é a porta de entrada de muitas outras doenças.