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20/10/2006
Indo Para Os Confins

Este assunto a seguir fez parte de um programa de rádio.

Esta semana (outubro de 2003) a mídia divulgou algumas conclusões a que chegaram alguns cientistas. Disseram eles que o Universo ou Cosmo, é finito terminando como a crosta circular de uma imensa bola. Mas, se o Universo termina, onde ele termina, faz divisa com que? Aquilo por fora e ao redor da grande esfera (cosmo) que fixa seus limites o que seria? Para uma coisa delimitar outra é preciso que ela também exista. Que loucura! Parece que os cientistas querem transpassá-la para nós. Mais susceptível de coerência, eles descobriram que no espaço distante também existem microorganismos importantes e necessários, eles sendo os ingredientes para o manifestar da vida. Eles também são encontrados na análise de meteoritos que caem na terra. A partir da altitude de vinte mil metros da terra donde foi coletada poeira cósmica, nela também foi comprovada a existência dos mesmos microorganismos. Interessante. Esses micros ingredientes que se unem e se reúnem para o manifestar da vida aqui na terra, teriam vindo do espaço? Contudo, VIDA mesmo, como energia pura, como se insere nos meios que dispõe para se manifestar, ninguém sabe. Tudo é especulação da ciência e dos filósofos.

Parmênides, por volta do ano 500 antes de Cristo, aprofundou-se muito no mistério da vida e chegou a uma conclusão inacreditável, para aquela época. Os microorganismos que se somam para formar nossos corpos precisam de um “elo” invisível de ligação. Esse elo ele o entendeu como sendo VIDA e, esse elo nunca é manifesto antes do reagrupar dos microorganismos. Parmênides concluiu o que seria esse elo, mas, ele e a sua conclusão estavam muito avançados para aquela época. E nós aqui não vamos discorrer sobre o que, segundo ele, seria esse tal “elo”. Ainda não temos condições de acreditá-lo ou de refutá-lo.

Também interessante, na areia do nosso satélite natural, a lua, parece, não se encontram vestígios dos mesmos microorganismos existentes aqui na terra. Acredita-se que a lua desprendeu-se da terra a quatro bilhões e seiscentos milhões de anos, isso, conforme as estimativas de alguns cientistas. Por não se encontrar na lua, vestígios de ingredientes necessários para a manifestação da vida, pensa-se que ela se desprendeu da terra quando aqui ainda não existia vida. Outra idéia sobre a lua seria ter sido ela um corpo vagando pelo espaço tendo sido atraída pela gravitação da terra. Porém, deixemos esses enigmas para os cientistas e astrônomos, que, ainda estão na busca de vestígios de vida em outros planetas. Nesse último século a ciência teve seus muitos avanços na elucidação de vários enigmas, mas, a solução deles multiplicou-se em outros. E de enigma em enigma, o homem está avançando no perscrutar do Universo como até agora tem feito e, pouco a pouco, embora, não todos nós, vamos deixando para trás as superstições que os homens em suas ignorâncias criaram sobre a vida. A VIDA, além de si mesma, o mistério dela é qual seja o seu propósito, se é que ele existe e qual seria ele além do apenas viver por viver.

Altino Olímpio