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13/09/2006 A Psique Humana – Parte 25 Quando falamos na psique humana, isso, provoca vários entendimentos do que e como ela possa ser. Se falarmos que ela é o nosso “ego”, muitos concordariam que ele, “pelo seu início, é formado pela percepção geral de nosso corpo e existência dele como distinto dos demais e pela memória que registrou o nosso condicionamento na vida”. (Jung) De fácil percepção, o pensamento se destaca mais, como sendo ele, o principal aspecto da evidência da psique humana, embora, tenha ela outros atributos não tão evidentes como o pensamento. Pensamento faz parte da consciência e é com ela que a psique mais se identifica. Tratando-se de sua manifestação mental, a psique se divide em três atuações: atuação consciente, atuação subjetiva e atuação inconsciente. Nas duas primeiras temos participação direta, mas, na terceira atuação da psique, não temos participação ou controle. “A consciência é como uma superfície ou uma película cobrindo a vasta área inconsciente, cuja extensão é desconhecida”. E também, “A nossa possibilidade (a consciência) restringe-se à percepção de instantes de existência. Seria como se observássemos através de uma fenda e só víssemos um momento isolado ---o resto seria obscuro, inacessível à nossa percepção. A área do inconsciente é imensa e sempre contínua, enquanto a área da consciência é um campo restrito de visão momentânea”. (C. G. Jung) As Sociedades ou Escolas secretas do passado eram procuradas por aqueles mais interessados em adquirir conhecimentos, pois, na religião que exercia o domínio sobre a mente do povo, não existia instrução para autodesenvolvimento. Tudo nela era para os fiéis terem fé e se entregarem a uma obediência de seus dogmas para a “salvação” de suas almas numa “existência” depois da morte. Dos discordantes disso, parte deles (ocultamente) procurou por ingressar numa Sociedade Secreta. Intelectuais, filósofos, pensadores e outros, dizem, pertenceram a essas Sociedades e vários ficaram famosos no mundo inteiro, pelas suas inteligências e pelas verdades que difundiram. Em suas épocas, essas Sociedades sempre foram perseguidas pelos governos e pela religião dominante, pois, seus integrantes poderiam escapar dos padrões generalizados entre o povo e serem mais difíceis de serem dominados. Aquelas sociedades incutiam em seus integrantes a necessidade de desenvolver maior aplicação da capacidade de seus poderes inconscientes. Lembrando, consciente é o nosso lado externo, eu exterior, e o inconsciente é o nosso lado interno, “eu interior”, aquele lado que não temos participações diretas, conscientes. Inúmeros exercícios eram praticados com a intenção de “despertar” para o eu exterior, manifestações do eu interior, ou, tornar conscientes efeitos do inconsciente. O homem nunca seria pleno em sua capacidade mental se ambos, seu consciente e seu inconsciente, não seguissem juntos trocando experiências e, é esse o significado da simbologia mística do “o encontro do noivo com a noiva” ou também, “o casamento alquímico”. Existiam exercícios (como ainda existem) para desenvolver os chamados centros psíquicos existentes no nosso corpo (nossas glândulas), com o intuito de despertá-los para funcionarem como receptores e emissores de energias sutis, como, transmissão de pensamento, telepatia, intuição e tudo o mais, visando a expansão da consciência. As instruções, tanto beneficiavam o lado inconsciente do homem, como também, seu lado intelectual, consciente e material. Os estudos compartilhavam para o homem se libertar de seus medos, suas superstições e suas ignorâncias, entretanto, o vulgo jamais imaginava como seriam essas instruções ocultas para o aperfeiçoamento humano. Ainda hoje, muitas pessoas, nas suas ignorâncias, vivem repetindo os absurdos que seus líderes religiosos lhes inculcam sobre algumas dessas Sociedades Secretas, hoje Sociedades Discretas ou Sociedades Privativas ainda existentes. Dizem delas que seus integrantes fazem pactos com os demônios, vendem suas almas e outros horrores mais. Eles não aprenderam um importante mandamento contido nas Escrituras Sagradas: Não mentir! Como também, falar do que não se sabe é mentira. Existem sim, algumas organizações ridículas dadas a cultos satânicos, mas, isso não é motivo para generalizar. Hoje, como no passado, algumas Sociedades Privativas, pretendem levar seus adeptos para o objetivo mais sublime que um ser humano queira alcançar ainda em vida: um salto para a “Consciência Cósmica”. Entretanto, esse “estado de graça” que ilumina alguns, não é para qualquer um, embora, tais sociedades incentivem a todos os seus integrantes para conseguí-lo. Elas, como exemplo, citam alguns personagens do passado que, tiveram acesso a Consciência Cósmica tais como, Buda, Lao Tse, Jesus, Jacob Boehme, Walt Whitman, e vários outros não tão destacados na humanidade. Pertencentes a essas Sociedades Privativas, muitos dedicam anos e anos de suas vidas em busca desse objetivo sublime e quando em suas velhices, não o tendo conseguido, repetem o mesmo chavão: eu não tive merecimento, eu falhei, e etc. Quase nunca desabonam seus aprendizados ou pensam serem eles inexeqüíveis, porque, sempre é preciso manter aquele “status de bem evoluído na senda” perante os outros de suas mesmas sociedades, isso quando, já não desistiram de seus intentos por eles mesmos considerados impossíveis, mas, até aí, muito tempo decorreu e essa gente pouco percebeu que quase não viveu no que a vida lhes deu. A irmandade humana, para prosseguir num progresso desejado por uns poucos, não pode viver em ideais de semelhantes para semelhantes e sim, em ideais dessemelhantes entre semelhantes. Para isso, as redes para pescar homens são úteis. As de malhas grossas “pescam” os acomodados com suas vidas insignificantes. Redes ainda de malhas grossas são para os famintos por entretenimentos, aqueles que arrastam milhares de pessoas para um mesmo local. Algumas redes são para prender pessoas em suas casas em seus lazeres eletrônicos. Outras redes precisam ter malhas mais finas para não deixar escapar entre elas, aqueles iludidos por abstrações populares. Outras são para aqueles “benfeitores públicos”. Existe rede para “pescar” escritores, para os formadores de opiniões e etc. E assim, as redes vão tendo malhas mais finas conforme vão sendo especiais para “pescar” homens mais refinados, cultos, ilustres e “evoluídos”. Para todo tipo de homem existe um tipo de rede. Ninguém escapa do sistema mental aprisionador. Nem aqueles “iluminados” de alguma daquelas sociedades que estivemos falando e nem os outros que estão sob “uma proteção divina”. Para cada tipo de pessoa existe um tipo de ceva bem atraente onde ela possa participar na ilusão de ser livre. Os mais “simples” são contentes com as suas situações, pois, pão e circo lhes bastam. E assim, com cada um na sua, os humanos mais vivem isolados em si mesmos e incompreendidos entre si, sob as regências das “importâncias e valores” que lhes são sugestionados. Sendo assim, o mundo caminha como uns poucos querem e eles manobram as rédeas de um governo paralelo, mas, nunca se saberá quem são, ou, se de fato existem. (Pois é, um pouco de ficção não faz mal.) Se alguém, apenas como hipótese, levantar alguma suspeita sobre a existência de algum domínio oculto, coitado, será considerado um louco por todos “os normais” que se consideram livres. Altino Olímpio [Imprimir] [Fechar Janela]