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24/04/2006
Vibrações Imperceptíveis

Albert Einstein escreveu o seguinte: Recuso-me a crer na liberdade e neste conceito filosófico. Eu não sou livre, e sim às vezes constrangido por pressões estranhas a mim, outras vezes por convicções íntimas. Ainda jovem fiquei impressionado pela máxima de Schopenhauer: “O homem pode, é certo, fazer o que quer, mas não pode querer o que quer”.

Nós vivemos rodeados, envolvidos e transpassados por energias (vibrações) que estão aquém de nossa percepção, aquém de nossa sensibilidade. Mais conhecido são as ondas de rádio e de televisão que, proliferam pelo espaço incessantemente. Agora temos também vibrações dos telefones celulares, computadores e tantas outras se cruzando pela atmosfera sem se interferirem por serem vibrações de freqüências diferentes. Nós somos vibrações, nosso pensamento é vibração, nossa voz é vibração, por causa das vibrações temos audição e visão. Tudo é vibração. Tudo é energia. O homem se apercebe apenas de uma gama do espectro delas que está entre as mais altas e as mais baixas da escala de vibrações. Mas, não convém aqui, entrar em detalhes científicos, também porque, leigos, só temos ínfimas noções do que elas sejam. Podemos sim, especular através de hipóteses ou simples suspeitas sobre aquelas vibrações propaladas, se elas possam nos afetar.

Ondas de rádio, ondas de televisão e outras, constantemente estão a nossa volta. Terão algum efeito sobre nós? Ninguém sabe. Essas energias das quais os homens são responsáveis pela suas radiações, seriam nocivas, afetariam o comportamento humano, sua saúde ou sanidade? As tantas aberrações de comportamento, antes inimagináveis e que agora fazem parte do nosso cotidiano e a maior incidência das doenças desta época, inclusive as psicológicas mais difíceis de diagnosticar, estão disseminadas por toda à parte. Seria conveniente alguma precaução contra tudo a que nos expomos e nos protegermos, se é que isso é possível. Exposto a tantas radiações, vibrações ou energias indiscerníveis, imperceptíveis, os homens não ficam propensos a uma uniformidade de procedimentos, reações e aceitações?
Não sabemos, mas, é o que parece.

Voltando a máxima de Schopenhauer e alterando-a em parte, temos: “O homem pode, é certo, fazer o que quer, mas não pode querer o que queira querer para ser o que ele quer querer”. É, já em seu tempo o filósofo refletiu que os impulsos ou estímulos que penetram na mente provocando “um querer”, tais impulsos ou estímulos, podem aparecer sem mesmo o homem saber ou querer. Reage a eles como se eles viessem apenas dele mesmo, não pensando em outra possibilidade como, por exemplo, captações externas inconscientes.
Como dizem, na verdade o homem é produto do seu meio e poucos se aventuram a se diferenciar. Para o caso de se conseguir ou não essa possibilidade, isso já é outro tema para uma outra ocasião.


Altino Olímpio