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22/02/2006
Cérebro Estagnado

Numa autópsia de um jovem com distúrbios mentais, o abrir de sua cabeça logo demonstrou a anormalidade do cérebro. Havia uma parte oca na região central e esse defeito moldou o restante formato do cérebro numa aparência diferente dos cérebros normais já vistos.
O jovem cuja fisionomia denotava sua debilidade, seu defeito cerebral era responsável pela sua classificação como sendo subumano. Era-lhe impossível desenvolver a consciência com aquele cérebro tão defeituoso e jamais seria um ser humano normal.
Neste caso, visivelmente a anormalidade foi constatada, mas, não é constatada anormalidade mental num cérebro com formato igual a outros.
Mapeado, o cérebro humano foi dividido em áreas ou regiões de funções específicas independentes entre si. Quando alguém, por exemplo, toma uma pancada na cabeça e isso afeta a região específica para idiomas, ela pode se esquecer totalmente do idioma inglês que aprendeu, sem prejuízo das outras regiões específicas para outras funções. Sentindo-se normal depois da pancada na cabeça, talvez, a pessoa só venha a perceber ter perdido seu idioma inglês na ocasião da necessidade dele.

Não só defeitos físicos impedem o desenvolvimento cerebral. Exercitar poucas regiões e sempre as mesmas do cérebro, também impede seu desenvolvimento.
Comparando duas pessoas de existência diferente, uma da cidade com outra que sempre viveu num sítio afastado da civilização, é fácil notar capacidade cerebral desigual. A da cidade contém em si maior número de informações e elas estão armazenadas em suas respectivas áreas do cérebro, e a do sítio contém poucas informações, sendo elas mais restritas às repetições diárias de um viver com poucas novidades. Isso influi nos movimentos corporais, fisionomia e no olhar de cada um, denunciando sua aptidões intelectuais, sem ser preciso ouvi-los falar.
Depois de ambos lerem um mesmo texto, o da cidade tendo-o entendido, poderia verbalmente repeti-lo enquanto o sitiante não conseguiria se no texto leu palavras ainda não conceituadas e nem a idéia constituída por elas.

No nosso cotidiano sempre nos defrontamos com pessoas sitiadas em suas conceituações restritas. Algumas se rebelam quando conceituações outras vindas de outros, são desafiadoras contra as que elas possuem tão arraigadas para poderem ser modificadas ou atualizadas.
Apenas pela ótica das próprias, avaliam outras conceituações recusando incluí-las como mais atuais e coerentes para substituir as antigas já superadas e até enferrujadas pela tradição.
Diante de conceitos novos e sendo-lhes desafio para confundirem os seus, alguns pressentem suas inferioridades perante eles e se revoltam. Exteriorizam impropérios contra quem divulga conceitos mais avançados por não poderem assimilá-los, ou, somente por serem contrários aos seus. Uma pessoa ao emitir sua opinião com palavras vulgares contra conceitos divulgados, sem especificar as incoerências do entender dela, ingenuamente ela “exibe seu diploma de burra” por demonstrar suas limitações.Também, ao dirigir um nome feio aos conceitos, os mesmos contatados por outros, ela os ofende como absorvedores do produto cujo nome ela deu aos conceitos divulgados, inclusive, demonstrando sua falta de democracia e desconhecimento da lei da liberdade de expressão. Paciência! Ao nível de cada um, qualquer um tem razão.


Altino Olímpio