Se é que socorro – Ainda existe – Busquei invoquei –
Nietzsche, Nietzsche
Maldito, maldito – Que queres idiota – Deixa-me quieto –
Não me invocas
Calma pô fique frio-Não fique zangado-Sei que você não-Quer
ser importunado
Seu mortal picareta-Aí nesse planeta-Foi duro meu carma-Só ficou
trauma
Quero que me instrua-Daí da vastidão-Quero teus ensinos-Não
de qualquer cão
Imbecil deve ser – Queres meu saber – Ele não é ameno
– É como veneno
Pense no que pedes – Reflita seu otário – Mesmo na multidão
– Serás solitário
Gosto da solidão – Dela nada me tira – Só sou revoltado
– Com tanta mentira
Queres a verdade – Não a suportará – Você não
é superior – Ela te matará
Não tenho medo-De nada que existe-Desconhecido sou-A besta do apocalipse
Devagar ingênuo – Pare de blasfemar – Se brincas com fogo
– Pode se queimar
Nada tenho a temer-Tudo é só falatório-É tanto
barulho-Vivo num purgatório
Idiota, idiota – Pense um pouco – Acabarás como eu –
Considerado louco
Prefiro ser louco – Distante deles – Do que normal – Vivendo
entre eles
Que audacioso – Terei que te ensinar – Mas te previno – Nunca
irás repousar
Ah! Grande novidade-Tenho é decepção-O povo só
fala, fala-Mente por opção
És cabeça dura – Louco ou valente – Terás
conhecimento – És muito persistente
Passaste no teste – Não temes a luta – Serei teu mestre
– Assim falou Zaratrusta
Depois que fiquei louco – Escrever é tão bacana –
Mesmo que dure pouco – No Jornal “A Semana”.