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27/06/05
Proteínas podem levar à cura de males degenerativos

Recém-descobertas, elas podem ser a chave no tratamento com células-tronco

Cientistas do EUA identificaram proteínas consideradas peças-chave para tratamento com células-tronco. Dois estudos divulgados pela revista Science apresentaram uma proteína que ajuda a organizar o desenvolvimento das células da retina e outra que dirige os neurônios criados a partir de células-tronco endógenas até que cheguem ao cérebro, onde podem substituir unidades velhas. As descobertas devem ajudar em novos tratamentos para doenças como degeneração da retina, Alzheimer, Parkinson e diabete. Nos dois casos, a estratégia está na possibilidade de diferenciação das células-tronco. Num dos estudos, um grupo da Universidade da Califórnia descobriu a proteína que ajuda a organizar o desenvolvimento das células da retina. Segundo a pesquisadora Anne Calof, a proteína GDF11 controla um componente-chave da diferenciação das células da retina durante o desenvolvimento celular. "Ao manipular a capacidade desta proteína de controlar o desenvolvimento celular, existe a possibilidade de um tratamento para controlar o poder das células-tronco que já existem na retina para substituir células que tenha sido perdidas ou estejam danificadas", disse. No outro estudo, pesquisadores da mesma universidade descobriram a forma como neurônios criados a partir de células-tronco endógenas são enviados ao cérebro. A descoberta sugere uma forma para criar tratamentos dirigidos especificamente a regiões cerebrais afetadas por doenças neurodegenerativas ou por apoplexias. Segundo o professor Qun-Yong Zhou, foi identificada a proteína que guia os neurônios a um ponto específico do cérebro. Chamada "prokineticina 2" (PK2), ela desempenha um papel crucial na integração funcional adequada dos novos neurônios. "Uma das chaves no desenvolvimento de novos tratamentos para doenças neurodegenerativas e debilitantes reside na forma em que compreendamos como se encontram e integram os neurônios no tecido cerebral", disse Zhou.

O Estado de São Paulo