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A vez do Bairro Chique

 

Na relação dos moradores da Vila Pereira e que li no jornal, o Nenê Corradini se esqueceu de mencionar que perto da Nim Gil e da família dela, morou a Maria José Rodrigues Gil, irmã do Jose Geraldo Rodrigues Gil, eu não me lembro do nome dos pais dela, o do pai teria sido Severino? A Maria ela minha amiga, por isso não me esqueço dela. Agora já que estão a reconstruir virtual o Bairro da Fábrica, lembre-se que eu morei na Rua Bairro Chique, que também era a Rua do Grupo Escolar Alfredo Weiszflog.A minha casa dava fundos com a casa do Nenê Corradini, esta que era na Vila Pereira.Não consigo me lembrar do nome de todos os pais, mas era uma delicia, porque bem em frente da casa do Tuc, ou Tuque e Dona Nheta, mãe do Possante, do Tite, da Sonia e da Irma e da casa do Amélio Gabrielli, vinham crianças da Vila Pereira e da Vila Nova para brincar, porque a rua era plana e podia-se brincar a vontade de futebol, taco, bolinha de gude, piques  esconde-esconde e etc. Na rua, sentido piscina dos alemães em direção a portaria da Fábrica morava os Constantinis pais e os filhos Hilda, Vera e Gilberto, depois vinham os Bombardis, só me lembro do nome da Gloria, apesar de ter encontrado um dos irmãos dela nos EUA, nao lembro o nome dele. Em seguida era a casa da Dona Malsimina que vendia leite e benzia as pessoas, ao lado tinha a D. Elvira e a mãe dela, entre a casa dela e da Pina, Beatriz e Armandão, onde ficava o caminho que ia pra biquinha, de água sempre geladinha, uma delicia.
Depois da casa do Armandão era a casa da família Mans, que, me lembro dos nomes do Alcir (o Pancho), do Adilsom, do Ademir e do Wagner. Ao lado deles era a Família Ulman, o Pierin do armazém com Dona Olga, e os filhos Irineu, Ivone e Cecília, conhecida como Cilinha.
Agora a vez da minha casa com um jardim lindo de roseiras, cravos e margaridas, cuidadas por meu querido paizinho Donato de Freitas que foi motorista da Cia. por 30 anos e minha mãe, felizes naquele recanto comigo e meus irmãos Toninho de Pádua e a Vilma. Nossas vizinhas eram a Tunica, a Gersi, Adélia e Egna Mussolini, depois tinha a casa da Neusa, André (picolé) e a Inês casada com Nestor Lisa e marquinhos filho do casal. Ah, a mãe deles era a Dona Julia e o pai era seu Angelim Pastro. Então  vinha em seguida à casa dos Fiorellis, nao lembro o nome dos pais, mas, tinham as filhas Salete e a Fatima, que, acabou se casando com um primo meu, o Gilberto que morava na Rua dos Coqueiros em Caieiras e com eles morava o Waltinho, menino bom e educado. Agora e a vez dos Gabriellis, Seu Amélio, Zila, Olivia, Ico, Bete e o Manoel, A Zila fazia Hot Dog com Tubaína no final do dia e eu era freguesa dela, era uma delicia ir comer cachorro quente na casa dela. Vizinha da Zila era a Dona Belinha, um amor de pessoa, cujo marido era e o Senhor Dionísio Lisa. Tinham um casal de filhos, o Walter e a Terezinha. Entre a casa da Dona Belinha e a do Ari e da Sueli, estes que tinham mais irmãos, existia o caminho em declive que ia dar lá abaixo na Vila Pereira. Depois da casa do Ari era a da Família Caparão. O filho era conhecido como Miguelzinho e a mãe fazia pirulitos, daqueles que pareciam guarda-chuvas, uma delícia que quase todos os dias íamos comprar.   Ao lado deles morava a Família Nani com os filhos Vivaldi que foi namorado da minha irmã Vilma, o Claudio que era mais ou menos da minha idade, duas moças e um menino caçula, mas, esqueci seus nomes. A última casa era do Flavinho de Jorge que morava com a mãe dele e acho que com um irmão que tinha um problema no braço. O Flavinho de Jorge era o bonitão e eu me lembro das mocas alguns anos mais velhas que eu falarem sobre a beleza dele, mas, ele namorava com uma linda moça da Vila Leão, a Jandira, irmã da Elenice Albino. Lembro-me que as duas eram muito bonitas mesmo. Bem esse povo todo era só de um dos lados da rua. Do outro lado, de volta ao sentido piscina à portaria da fábrica, na primeira casa morava a família do Silvério Gomes cujos filhos eram o Walter (rato branco), o Moacir, o Milton, o Maurício e a Tatinha.  Era onde íamos assistir televisão e com hora marcada rsrsrs, porque só eles da rua é que  tinham televisão kkkkkkkkkk. Isso parece mentira, mas era verdade. Depois tinha a casa da Joana e da irmã dela. A Joana era a chefe da seção “sala de escolha” da Indústria Melhoramentos e diziam que ela era muito brava. Em seguida tinha a casa do Eloi e família e eles eram vizinhos do Tuc e Dona Nheta, tão queridos como os seus filhos Irma, Sonia, Tite e Paulo. Seus vizinhos eram o Nilson com os pais e se nao me engano um irmão, que, eram parentes do Eloi. Ah, a casa do Nilson dava passagem para a rua de cima onde ficava a Farmácia, pois, tinha portão para as duas ruas e nos nao nos acanhávamos em passar por dentro do quintal deles, afinal ali éramos como se fossemos uma grande família. Tinha também a casa da Cidica Pastro, mãe da Tânia e nao lembro bem do nome do marido, parece que era o Senhor Tinho. Da filha mais nova deles também não lembro o nome. Lá era onde tinham  as escadas que davam para a casa do Senhor Peroba, motorista como era meu pai, cuja casa ficava na rua de cima. Ali também morou o Eduardo Satrapa casado com a Elza Barnabé. Também ele era chefe da já citada “Sala de Escolha”. Agora sim é a vez da Escola Alfredo Weiszflog, onde fomos ensinados a respeitar um Mestre, coisas que, hoje nao existe mais. Foi onde aprendemos a ler escrever, conviver em harmonia com todos, a obedecer e a ser responsáveis. Depois da escola tinha ainda mais duas casas, mas, eu nao me lembrava do nome dos seus moradores, até que, na troca de mensagens pela internet fiquei a par de quem eram eles. Na casa vizinha a escola morava o Senhor Fiori Gabriel sua esposa e os filhos Mauri e o Izidro. Depois dele era a última casa da rua onde morava a Família Gabriel cujos nomes eu fico devendo. Enfim essa é a rua que se chamava Bairro Chique, mas que deveria chamar-se rua da felicidade, pois, os anos mais felizes de minha vida foram vividos ali, e é de onde trago recordações maravilhosas.Lá conheci o meu primeiro amor, que, da minha casa só conseguia avistar o abacateiro que ficava no fundo da casa dele na outra vila. Às vezes ficava por muito tempo olhando para lá só porque tinha a esperança de vê-lo, até que um dia ele se mudou para a Cresciuma e o abacateiro perdeu o encanto. Por ali também andava eu de braços dados com meu paizinho querido, homem íntegro e amoroso que se despedia de mim na guarita com um beijo e um abraço bem apertado me desejando um dia feliz, quando ele ia para o seu trabalho na garagem dos carros e eu para a sala de escolha onde também eu trabalhava naquela época feliz.Tenho saudades das pessoas que fizeram parte da minha vida. Alguns já se foram e de outros nunca mais tive noticias, mas, estarão sempre em meu coração.As crônicas regionais do Jornal “A Semana” me fizeram voltar a ter sentimentos, que, às vezes pareciam estar adormecidos, só esperando alguém chamar por eles. Obrigada a todos que com suas lembranças escritas me levou de volta ao Bairro Chique e ao tudo o que lá vivi.

                                                                                                    Vera Freitas

N.R. Belíssimo texto D. Vera, continue que é muito bem vinda. Aos poucos vamos formando uma equipe feminina de primeira. Fátima, Mirna e agora Vera...   que surpresa.Saiba que muita gente chora quando lê um texto desse, ou quando tem vergonha de contar diz que não são lágrimas e sim lembranças que saem dos olhos.... (edson navarro) 

 

Comentários:

Que coisa bonita, quantas histórias nestes dias de novo ano esse supimpa deu certo muitas pessoas estão revendo os bons tempos e a gente lendo os nomes das pessoas, vem na mente a imagem de cada um
Abraços de Chico Trem

Meu Deus que maravilha! Quisera eu me lembrar de tantos nomes e casas vizinhas. Pena eu ter me mudado tão cedo de lá. Mas adorei esta descrição da Rua Bairro Chique. Quanta gente conhecida! Vou até mostrar depois de publicada pra Jandira e Nice. Eu adorava ir passear naquela rua aos domingos. Ia lna casa da Dona Belinha, mãe da Terezinha casada com o Algeu Santana, irmão da minha madrinha. Os pirulitos de guarda chuva, sempre lembrados não é mesmo? Isto é que eu chamo de reunião virtual dos moradores da Fábrica. Quem sabe não? Uma hora a gente se reune pra valer. Parabéns a mais esta amiga e saudosista Vera! Adorei  e vou ler mais vezes porque só assim também lembro mais coisas.

Fatima Chiati