A principal atração
Mais é o Nilson Rodrigues, irmão do Bauru quem me manda fotos só de homens, estes, integrantes dos times de futebol daqueles tempos passados. O Renato Marchesini, o Fred Assoni e alguns outros também adoram isso. Todos os domingos eles eram figuras constantes no Clube Recreativo Melhoramentos (C.R.M.) lá do Bairro da Fábrica. Moças bonitas freqüentavam o clube, mas, eles não se lembram delas porque não gostavam de mulheres (risos), que, eram a melhor atração daqueles domingos. Depois de olhar uma foto de um time de futebol enviada pelo Nilson, prontamente recordei daquelas moças que iam assistir aos jogos de futebol. Simultaneamente ouvindo uma música nostálgica a saudade se fez presente e me vi vendo a arquibancada repleta daquelas beldades de outrora. Vi a filha do fulano, a irmã do beltrano, a neta do cicrano e todas as outras, cujas lembranças de como eram quando jovens ainda me são mantidas na memória. Nossa! Que música antiga surgiu agora pra reforçar as lembranças e é com o Francisco Alves, escutem: “Não, eu não posso lembrar que te amei. Não, eu preciso esquecer que sofri. Faça de conta que o tempo passou... E que tudo entre nós terminou, e que a vida não continuou pra nós dois. Caminhemos talvez nos vejamos depois...” Lá no clube tínhamos “a dona” dos nossos corações e no mais das vezes elas nem sabiam (risos). Fotografias eram interessantes. Logo depois de reveladas a olhávamos para em seguida serem colocadas numa caixa de papelão ficando esquecidas servindo de alimento para as baratas. Por “falar” em fotografias, a última enviada pelo Nilson me fez vasculhar o passado. Encontrei uma foto de um time do Juvenil ou Extra como alguns o chamavam. Vê-se o técnico, o Senhor João Nani (saudoso). Os jogadores em suas posições como eram chamadas no passado: Beque direito, o Parafuso (Benedito Furquim?), Beque central, Altino (jacaré), goleiro (mas que surpresa), o Silvio Potoca, alfo direito, o Riolando Nani (saudoso), centro alfo, Jair Rodrigues Gil (saudoso) e alfo esquerdo, O Vadinho da Vila Pereira (saudoso). Agora os da linha: Ponta direita, o Adilson Cazaroto (Tchinim), meia direita, o Milton Gomes (Cachorro, saudoso), centro avante, o Antonio Lisa (Nino), meia esquerda, o Toninho de Pádua e o ponta esquerda, o Walter Lucieto (Roxinho). Das doze pessoas da foto, cinco delas são saudades. O Jacaré depois que se ausentou de Caieiras ficou “melhor de bola”. Aos sábados jogava pelo Macam, time este da Fábrica de Oxigênio (risos, isso se fabrica?) S. A. White Martins. O time foi campeão de um torneio e existem fotos da entrega de medalhas. Algo sobre futebol que marcou muito foi à pior briga que vi num jogo de campeonato quando de início o time da Cresciuma (hoje Centro de Caieiras) estava perdendo (levando um baile mesmo) do time local (C.R.M.) e por isso provocaram a briga, quando alguns ficaram feridos. Bem, o Nilson, o Renato e o Fred devem ter na lembrança mais detalhes sobre esse fato. Esperemos que eles vençam a preguiça, esse mal a atacar muitos dos aposentados e escrevam para este jornal sobre a “selvageria” daquele dia. “Peguei” na internet uma conversa virtual entre eles quando o assunto foi sobre a época dos calouros, não de futebol, mas, sim dos calouros cantores da região. Puxavida! Tivemos de tudo naquele lugarzinho tão esquecido do Brasil, onde também, lá nem precisava se lembrar do Brasil.
Altino Olympio