Toninho de Pádua
Na crônica “A ponte romântica” citado foi o nome do Toninho e agora vamos tecer alguns comentários sobre ele. Filho do casal Donato e Ada de Freitas, irmão da Vilma (saudosa) e da Vera, o rapaz era um dos galãs frequentador dos inesquecíveis bailes de outrora. No mais das vezes os bailes locais eram animados pela Orquestra do Sergio Valbuza e pela do Renato Massimelli. Para diferenciar, dois clubes de Caieiras, o Clube União e o Clube Recreativo Melhoramentos da Fábrica trouxeram para abrilhantar os bailes para os seus associados algumas das melhores orquestras e conjuntos musicais da época, como a City Swing de Jundiaí, os Los Guarachos, Robledo e seu conjunto e etc. Algumas moças bonitas “de fora” eram atraídas para esses bailes e elas se tornavam competição entre os rapazes locais. Existia uma ética discreta entre eles que não era considerada pelo Toninho (risos). Quando um rapaz dançava seleções musicais seguidas com a mesma moça, ela já era dele e nenhum outro deveria interferir para interromper aquela sequência. Mas, o Toninho cara de pau, também de “olho na moça”, ao início de outra seleção musical ele antecedia o já “dono da moça” e depressa ia tirá-la para dançar, prejudicando assim o início de uma conquista. Ele me foi um ladrão de mulher. Se não bastasse isso, ele veio a gostar de uma prima minha. Foi a chance pra minha vingança. Nenhum dos recadinhos dele dei pra ela. Bem feito, eles nunca namoraram e o consolo dele foi dizer que eu tinha ciúmes da minha prima e era verdade (risos). Quando garoto o Toninho foi igual aos demais. Depois das aulas da escola também ele era o amigo dos jogos de futebol em campinhos do bairro e de outras distrações juvenis. Tinha uma “boca afiada” para detratar os integrantes dos times de futebol que eram adversários do time do Clube da Fábrica e numa vez a consequência quase lhe foi lamentável. Casado e feliz até agora tendo seus filhos e netos, morando no Bairro Bosque ou Jardim da Saúde em São Paulo, no próximo ano ele vai completar setenta anos de idade. Como deu a entender está barrigudo agora. Então, não é mais ameaça para roubar mulheres de outros em bailes. Expressivo que foi enquanto viveu nesta região, ele continua sendo o mesmo na consideração pelos antigos amigos. Ao ler as crônicas regionais deste jornal, conforme dito por ele, suas recordações pensadas esquecidas retornam. Entretanto ainda mantém uma ameaça: Vir para um almoço em Caieiras pago por ele na descontração do se rever e lembrar fatos saudosos. Se der certo seria uma surpresa pra ele a presença também das “moças” do passado cujos nomes ele se lembrou de perguntar. Tomara que ele venha logo.
Altino Olympio