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Altino rasgando sêda

--Senhoras e senhores boa-noite. O nosso muito obrigado pela presença de todos. Agora, nesta pausa da Orquestra Sinfônica de Caieiras estaremos nós a discorrer sobre este evento incomum. Todos os presentes, de surpresa foram agraciados com o livro “Nossas Memórias”. Muitos já deram uma folheada nele e já sabem do que ele se trata. Sim, é comovente, pois, todos os nomes de todas as pessoas que aqui existiram estão inclusos no livro. Olhos umedecidos foram notados em alguns dos mais emotivos devido a já terem se deparado com os nomes de seus entes queridos agora existentes nas suas tristes recordações. Às vezes nós nos “pegamos” a dizer que o passado não nos interessa. Isso não seria uma ingratidão aos nossos antepassados para os quais lhes devemos nossas vidas? Senhoras e senhores, amigos nesta brevidade que é a vida, também logo nós estaremos com os nossos nomes incluídos nesse livro.  Para esses registros temos aqui nesta cidade um homem parecendo ter sido destinado a essa nobre autoincumbência. Desconsiderando outras de suas atividades, inclusive a agora extinta Rádio 96.5 FM, a melhor desta região e que esteve sob sua administração e orientação, esse homem, no “bem querer” da comunicação, aquela a promover aproximação entre as pessoas, ele havia instituído um órgão de divulgação de nome “A Semana”. Era impresso em papel de imprensa e pelo correio enviava os exemplares a todos os seus cadastrados, gratuitamente. O auferir lucros não estava em suas cogitações. Em continuidade e devido a novos recursos tecnológicos e mantendo o nome anterior, o jornal agora é eletrônico via internet. Continua sendo imparcial e está a disposição de quem queira se manifestar através dele. Contendo várias seções ou colunas conforme sejam os temas, aqui nos convém citar uma delas intitulada de “Caieiras Antiga”, onde temos parte de nossas histórias com os nomes de pessoas amigas e de outras já falecidas a serem lembradas. Estou gostando desse silêncio no auditório porque pressinto nele a concordância com o que aqui estamos expondo sobre a iniciativa de um homem empreendedor a nos legar um meio para satisfazer nossa saudade e curiosidade, na simplicidade e sem conveniências egoístas. Na imaginação de cada um pode surgir a impressão que ele seja uma pessoa austera. Não, isso ele não é. Ainda mantém em si o menino brincalhão como sempre foi. Ele está presente, mas não vamos chamá-lo ao palco e nem oferecer-lhe algum troféu. Temos algo mais sincero para ele depois de anunciar o seu nome, nossos agradecimentos. Agora apontando com o dedo lá está ele naquela penumbra ainda distribuindo livros: EDSON NAVARRO! Nossas palmas para ele, e... PLÁ, PLÁ, PLÁ, PLÁ, PLÁ, PLÁ.
Obrigado a todos. Continuem agora ao som deste nosso patrimônio que é a Orquestra Sinfônica de Caieiras. Boa-noite a todos e bom entretenimento.

                                                                                               Altino Olympio

 

Achei a crônica muito importante, afinal o nome Edson Navarro sempre foi importante por aqui. Eu que, quase nenhum contato tive com ele, sempre ouvi elogios à sua pessoa, nos meus velhos tempos (35 anos) dentro do Hospital Emed.
Sua cultura, seu empreendedorismo, sua educação sempre foram suas qualidades mais elogiadas. Através delas soube contribuir de forma edificante na formação de Caieiras.
O Jornal A Semana, demonstra claramente o valor deste homem que não parou no tempo. Ao contrário, continua atuante, participativo e fiel às suas raízes.
Lamento que não haja versão impressa do jornal. Seria uma maneira de se atingir de forma mais ampla a população que ainda não está habituada com esta nova forma de  mídia que é a internet.
O jornal online é realmente, neutro, imparcial, não se prende a opiniões alheias ou partidárias  e é objetivo na informação.
Edson Navarro fez e fará sempre parte de Caieiras! Um daqueles raros valores humanos e culturais que esta humilde cidadezinha ainda abriga.
Pena que ele não ocupe cargo e posição pública, pois tenho certeza de que a cidade e toda população caieirense só iriam sair ganhando.
Por isso, com você na crônica sobre ele, também quero aplaudí-lo.

Abraços.

Fatima Chiati