Ele também assumiu a presidência do Clube da Fábrica, se destacando com a organização de eventos, entre eles os campeonatos de futebol. Por estes e outros motivos, deixou saudades entre os amigos e fami-liares desde quando morreu, em 1985.

Josué Stopiello também era famoso por caprichar no tempero de cabritos nos piqueniques que ocorriam freqüentemente na fábrica. De acordo com o neto Ricardo Stopiello, o avô era sempre escalado para ser o responsável pelo churrasco. "Ele temperava bem o cabrito e por isso era destinado para fazer esta tarefa", comentou.

Nos momentos de lazer, Josué tinha como divertimento a companhia dos amigos para jogar truco ou comemorar algum data especial. Nascido em Caieiras, Josué morou no bairro da Fábrica e na Vila Pantuti. Casou-se com Joselina de Oliveira Stopiello. Os dois filhos, Benedita Stopiello Lafalce e Natali Stopiello, deram-lhe seis netos e três bisnetos.

Amizade

Ele esteve internado no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, tratando de um câncer no pulmão. Na época, Josué Stopiello contou com a amizade do escritor João Januário. Segundo a filha Benedita, o novo colega também lutava contra um câncer no estômago e se tornou o novo confidente de Josué.

Eles trocaram experiências de vida, conhecimentos, esperança e até compartilharam a angústia e a dor diante da doença avançada, durante o tempo em que dividiram o quarto na mesma ala hospitalar.

Josué Stopiello morreu no hospital em 8 de maio de 1985. Poucos dias antes, o escritor havia redigido uma poesia e entregado ao amigo. A homenagem retrata a trajetória do eletricista a partir da história de vida contada pelo próprio Stopiello. No hospital, João Januário ainda resistiu à doença por cerca de dois meses.