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Não leia, é para os saudosos

Pessoal chegou o dia de nossa viagem pela saudade! – Os da fábrica vieram com a “maquininha” os de Monjolinho de “pau de arara” e os das proximidades, a pé.

 

Neste local de encontro, temos à nossa esquerda a casa e sorveteria Sr. Delfim e a diretoria a velha escola. Foi onde freqüentei o 5º ano, mas as lembranças são vagas por não tê-lo terminado.

 

Só me lembro bem, que a Vera, filha do Santa Fé, já tirava linha com o Zize Batista.

 

Agora, entre o armazém e a plataforma de carga e descarga do trem, caminhando entre os trilhos, podem parar ao redor dos velhos coqueiros para ler os avisos fixados no painel, não importando, porém que pisem nos coquinhos.

 

Passando pela outra escola, pelo correio, por favor, cumprimentem aquele casal, que juntos ou alternados, “estão sempre na janela”.

 

Vejam! Vejam! Esparramaram o enxofre amarelo pelo chão para enfeitar nossa passagem. Que bonito!!!

 

Já estão nos aguardando, aqueles que vieram da Crisciúma.

 

Para compartilhar com nossas lembranças caminharam lentamente pela estrada poeirenta, onde, depois do cemitério não existem construções.

 

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O trem, que nos transportará pelo tempo e espaço, com todos os vagões de primeira classe, já trouxe os cobras do basquete, os bem trajados Seixas e algumas beldades de Franco.

 

A música de Caieiras acompanhará nossos devaneios enquanto viajamos.

 

Seu Assis? Seu Assis Fernandes! Esta batuta de ouro é tua!

 

Enquanto na regência e por motivos tão óbvios, capriche no repertório quando der destaques aos pistões do Sergio Valbuza, do José Juliam e aos saxofones dos Massimelis.

 

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Com a última melodia o trem estacionou na estação da Lapa.

 

Amigos! Neste bairro onde nossa palavra vale como crédito, vamos nos dispersar! Façam suas compras, comam todos os pastéis que tenham direito, mas não se esqueçam de passar no “Foto Hayama” para nosso gigante álbum de recordações.

 

Eu vou caminhar sozinho pela Rua Doze, até a loja Gasbrás, para ver minha saudosa esposa ainda exuberante nos seus dezoito anos.

 

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Queridos, nosso regresso pelo trem da nostalgia foi muito bem abrilhantado pela fanfarra e pela “banda” de nossas inesquecíveis festas de igreja.

 

Vejo-os tão felizes e alegres, mas já estamos passando por Perus, por isso, com tristeza, devo reconduzí-los de volta a realidade.

 

Retornaremos cantando! Todos juntos! Vamos nessa!

 

“Eu daria tudo aquilo que tivesse

 

pra voltar aos meus tempos de criança

 

ai! Eu não sei porque a gente cresce

 

se não sai da mente essas lembranças

 

VAMOS! TODOS CANTEM! CANTEM!

 

que saudades da professorinha

 

que me ensinou o bê-á-bá”

 

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Jogos de botão pela calçada

 

Eu era tão feliz e não sabia...

 

Vice-prefeito! Valeu! Obrigado pelo espaço!!!


Altino Olimpio