O canavial tentação
Naquela vez quando eu era garoto ainda, vindo de algum lugar me encontrei com o Senhor Luiz Molinari. Ele, numa conversa amigável me entreteve e eu fiquei a ouvi-lo. Mas, ele ficou a me dar conselhos sobre moral, educação, como que, não se deve invadir a roça de outros. Percebi, então, que ele sabia que ás vezes eu ia “roubar” cana caiana do seu canavial. Foi uma admoestação educada, mas, demorada, fiquei sem reação “sem saber onde enfiar a minha cara” de tão envergonhado que fiquei. Depois de ouvi-lo dei a entender que nunca mais iria repetir aquele ato criminoso de roubar cana daquele seu canavial.
Ao retornar para casa logo chamei o meu vizinho: Zé Polattoooo. Logo ele apareceu e perguntou o que eu queria. Falei-lhe que estava com vontade de chupar cana e o convidei para ir comigo até o canavial do Luiz Molinari. Ele topou ir comigo e eu lhe falei para esperar que eu ia pegar um facão para cortar cana. E lá fomos nós descontraídos saborear cana caiana. Nós tínhamos construído no meio daquele canavial uma cabana que ficava oculta para quem passasse pela rua defronte o canavial. O Senhor Molinari deve tê-la localizado e a destruído. E no chão daquela cabana coberta de sapé, tinha bagaços de cana, a prova do crime (risos). Eu e o Zé nunca fomos em “cana” por causa de roubo porque éramos bacanas (risos).
Altino Olímpio