Até a década de 1970 (?) elas existiram, eram pequenas locomotivas fabricadas nas oficinas da Cia Melhoramentos a partir de um caminhão, geralmente um Ford. Puxavam apenas um vagão em horários intermediários para cobrir os horários de trens, eram rápidas e talvez por causa disso alguns acidentes ocorreram.

Os funcionários residentes dentro da Cia Melhoramentos, tinham essa conexão de transporte a disposição e o destino geralmente era o bairro da Lapa em São Paulo, conhecido por décadas como a "capital de Caieiras"

Importante mencionar que nas horas de entrada e saída das turmas dos funcionários, um trem com vários vagões puxado por uma locomotiva movida a diesel e automática fazia o serviço, com pontualidade inglesa. Também era utilizada para o movimento interno de cargas entre a estação da EFSJ, a Cerâmica e Fábrica.

Na Cia Melhoramentos cujo principal negócio era fabricar papel indo do pinheiro ao livro, a criatividade para conseguir atingir o objetivo não tinha limite, fabricava-se de tudo.

Duas histórias de acidentes com as Jardineiras foram lembradas, uma passada pelo Anizio Menuchi nosso crônista, segue a narrativa:

“Em contato com Ademar Di Lella (um notável amigo da época), o acidente enunciado em meu texto "LINHA FÉRREA-BONSUCESSO" esclareceu-me que, este se deu exatamente em 31 de agosto de 1946. A jardineira denominada n°5 tombou nas proximidades do "Corte Grande", mais precisamente à casa de um senhor chamado Roque Guerra, vindo ceifar a vida de Nica que era esposa de Luiz Pimentel.”

O outro acidente foi na Rua dos Coqueiros, mais ou menos em frente a casa do Sr. João Massaia, meu primo Antonio Vieira estava pendurado do lado de fora da Jardineira que acabou tombando, felizmente nada aconteceu, ele saiu ileso. Isso na década de 1960 quando meu Avô Vitorio Olimpio morava vizinho do Sr.João.

Fotos de algumas das Jardineiras estão disponíveis em 

fotos-melhoramentos. 

Clique no link:

http://www.caieiraspress.com.br/fotos/index.php?id=5

Edson Navarro